Como ela pode afetar a fertilidade?
A Síndrome de Asherman, também conhecida como sinequias uterinas, se caracteriza por aderências que se formam dentro do útero, sendo constituídas de tecido cicatricial, ligando as paredes opostas do útero, reduzindo o espaço e prejudicando o funcionamento do órgão. A doença possui diferentes estágios, sendo classificada em mínima, moderada e grave.
As causas da Síndrome de Ashermam são a formação de tecido cicatricial depois de procedimentos cirúrgicos realizados no útero, tais como miomectomia, curetagens, cesariana, histeroscopias, além de infecções e radioterapia. Para diagnosticar o problema, os principais exames são o ultrassom transvaginal, a histerossalpingografia e a histeroscopia ambulatorial, que irá confirmar o diagnóstico.
A doença pode ser assintomática ou trazer alguns sintomas, como cólicas, ausência ou diminuição do fluxo menstrual e dificuldade para engravidar. O tratamento definitivo é a cirurgia para remoção das sinequias, por meio de histeroscopia. Após a cirurgia pode ser necessário o uso de cremes hormonais ou dispositivos intrauterinos por um tempo determinado, para evitar a formação de novas aderências.
Fonte: Dra. Luciana Delamuta, médica ginecologista e obstetra pela USP. – Médica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) – Ginecologista e Obstetra pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) – Especialista em Reprodução Humana na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) @dra.lucianadelamuta