Imagino que, se parou para ler este conteúdo, o termo deve ser uma novidade para você – assim como para a maioria das mulheres. Parte disso tem relação com a incidência. Não há um consenso, mas estima-se que, no Brasil, 150 mil mulheres recebam esse diagnóstico todos os anos.
Chamamos de Adenomiose quando há presença de células endometriais (camada interna do útero) infiltrando a musculatura uterina, provocando reações inflamatórias no local. Quando ocorre, tende a aparecer por volta dos últimos anos de idade fértil, no entanto, o processo geralmente se inicia assim como a endometriose, no início da vida reprodutiva e ciclos hormonais.
Pode estar relacionada também a procedimentos cirúrgicos, como cirurgias ginecológicas prévias, múltiplas cesárea e/ou partos ou mesmo gestações em idades tardias. Com a Adenomiose, costumam vir sintomas como cólicas e dores abdominais na menstruação ou durante a relação sexual, coágulos junto com o fluxo menstrual, mas uma das características mais importantes é o sangramento intenso.
O tratamento inicial envolve o controle medicamentoso dos sintomas. Essa é, porém, uma doença que pode evoluir para uma indicação cirúrgica, com a retirada do útero (histerectomia).
A boa notícia, além do fato de que nem todas as mulheres terão o problema, é que atualmente há a opção de realizar a histerectomia (ou retirada do útero) em um procedimento minimamente invasivo – por via vaginal, robótica ou videolaparoscopia, por exemplo.
Diálogo é muito importante
É importante entender com o médico não apenas qual será a abordagem cirúrgica, mas também as indicações de cada procedimento, possíveis complicações e controle pós-operatório.
Vale lembrar que o diagnóstico envolve a descrição dos sintomas e a investigação por meio de exames de imagem – ultrassonografia transvaginal ou ressonância magnética, mas a confirmação é realizada por histologia (análise do tecido) após a retirada total do útero.
Por isso, se você está com um dos sintomas que comentamos aqui, o melhor a fazer é procurar o seu médico ginecologista. Independentemente disso, mantenha o acompanhamento periódico da saúde, seu corpo agradece!