Gastroenterologista explica que mudança nos hábitos ajuda a evitar os sintomas
Muitas vezes, aquela dor de barriga ou dificuldade de ir ao banheiro pode significar que a pessoa sofre de Síndrome do Intestino Irritável. De acordo com a Federação Brasileira de Gastroenterologia, essa síndrome é um distúrbio do trato digestivo que provoca dor abdominalconstipação intestinal e/ou diarreia.
Esse quadro, que atinge cerca de 10% a 20% da população brasileira, é mais comum em mulheres e pode se agravar devido a momentos de estresse ou pela ingestão de certos alimentos que podem precipitar alguns sintomas, além da queda na qualidade de vida, como: leite, derivados, gorduras, entre outros.
Segundo o Dr. Eric Pereira, gastroenterologista do Hospital e Clínica São Gonçalo (HCSG), os sintomas mais comuns costumam ser a dor e a alteração do hábito intestinal (diarreia e/ou prisão de ventre, distensão abdominal, gases em excesso e uma sensação de que o esvaziamento do intestino ocorre de maneira incompleta).
“Caso a pessoa sofra com frequência desses sintomas, ela deve procurar um gastroenterologista para ter o diagnóstico preciso, pois alguns sintomas da Síndrome do Intestino Irritável se assemelham com outros problemas gastrointestinais, como o câncer, intolerância alimentar, parasitas etc., que precisam ser descartados o quanto antes”, alerta o médico, que também é membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia e da Sociedade de Gastroenterologia do Rio de Janeiro.
Um dos exames mais comuns para se descobrir a doença é a Colonoscopia, procedimento no qual o médico analisa o intestino grosso do paciente através do colonoscópio, que possui uma microcâmera para capturar imagens e, caso necessário, já realizar biópsias.
“Esse exame é importante e indolor e consegue identificar outras doenças, como câncer de cólon, anemia, tuberculose intestinal, Doença de Crohn, diverticulose etc.”, explica o médico.
O especialista lembra que o tratamento varia de acordo com o paciente, mas, em geral, requer uma mudança no estilo de vida, como na dieta e uma maior prática de atividade física. Em alguns casos, poderá ser usado medicamentos que aliviem as dores e os espasmos intestinais.