Perda de urina involuntária, que interfere na qualidade de vida, afeta o bem-estar, causa constrangimento ou restringe o convívio social? É hora de procurar um médico
O assoalho pélvico é a estrutura formada por músculos, fáscias e ligamentos, responsáveis pela sustentação de órgãos como bexiga, útero, vagina e reto. Disfunções nessa estrutura podem afetar diretamente o controle da urina, das fezes ou as atividades sexuais.
As disfunções mais frequentes estão relacionadas ao enfraquecimento ou alterações musculares, que levam à incontinência urinária e fecal, dores e hérnias. Sem diagnóstico ou tratamento, acabam por interferir na qualidade de vida, no bem-estar físico, mental e social
Algumas condições ao longo da vida, como gestação, parto e menopausa, bem como a própria anatomia das mulheres, tornam a região do assoalho pélvico mais suscetível a desordens, especialmente a incontinência urinária de esforço e o prolapso de órgãos pélvicos, popularmente chamada de bexiga caída, explica o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.
“O importante é saber que nada disso deve ser considerado ‘normal’ e é importante levar estas queixar ao conhecimento do médico ginecologista assim que surgirem. Por meio de exame físico e alguns exames específicos, é possível orientar a sobre o tratamento mais indicado para cada caso”, afirma o especialista.
Diagnóstico e tratamento
Segundo o Dr. Alexandre, no caso da incontinência urinária de esforço, há diversas formas de tratamento. A escolha do tratamento depende da condição clínica de cada paciente e dos resultados de seus exames.
“Entre as opções, estão exercícios perineais, cones vaginais, eletroestimulação da musculatura do assoalho pélvico e fármacos.”
Muitas vezes, será necessária a correção cirúrgica. Neste caso, diversas são as técnicas e formas de cirurgia, sempre visando o melhor resultado com o menor tempo de recuperação.
“Uma das opções é a cirurgia vaginal, que é considerada minimamente invasiva por utilizar um orifício natural do corpo da mulher: a vagina. Por este meio, é possível acessar o assoalho pélvico e realizar a correção necessária”, afirma o Dr. Alexandre.
Segundo o especialista, entre as diversas vantagens desta modalidade estão a pronta recuperação, pelo fato de haver manipulação mínima na cavidade pélvica e, ao final, não deixar cicatriz aparente.
Em caso de dúvida, não deixe de procurar o seu médico ginecologista.
Fonte: Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.