Esteja atento aos sinais e procure ajuda médica. Quanto mais cedo o diagnóstico melhor será a qualidade de vida de seu filho
É de morrer de dó quando notamos uma série de manchinhas avermelhadas espalhadas pelo corpo do nenê em virtude da alergia. Desencadeada por um agente externo, a alergia é provocada por diversos fatores, surgindo principalmente nos braços, cotovelos e dobras dos joelhos.
Esse agente causador da alergia pode aparecer a partir da ingestão de certos tipos de alimentos, no contato com substâncias e objetos impróprios ao indivíduo, poeira, fumaça, além de medicações incompatíveis com o perfil da criança. A alergia provoca reações como rinite, asma, vômitos, náuseas, diarreia, perda de peso, entre outros.
“Os sintomas da alergia já são percebidos logo no primeiro mês de vida. Quanto antes o descobrimento da doença, melhor será”, destaca Fátima Gonzaga, coordenadora do Pronto Socorro Infantil São Camilo, de São Paulo.
A profissional aponta o leite de vaca como a principal causa de alergia entre crianças de até um ano. “Nem todas as mães têm condições de amamentar os filhos nos 12 meses iniciais, por isso substituem o leite materno pelo de vaca. Acontece que algumas crianças apresentam reações contrárias ao leite do animal, como o eczema atópico (pele avermelhada na face, não contagioso), tosse e regurgitações. Nesse caso, fórmulas infantis indicados pelo pediatra ou leite de soja são vitais para que o bebê continue sendo alimentado sem riscos de uma nova alergia”, explica Fátima Gonzaga.
Alimentos industrializados que contêm componentes químicos como corantes, aromatizantes e acidulantes, também devem ser evitados na infância.
Sintomas alérgicos extremos – Entre as diferentes causas e gravidade da alergia, existem casos raros da doença, como o diagnosticado no garoto Caio Fernandes, de apenas 12 anos. A ingestão de algum derivado do leite ou o simples contato físico casual com uma pessoa que consumiu o produto já é o necessário para que Caio apresente um quadro alérgico gravíssimo, podendo resultar em uma anafilaxia grave, caso o problema não seja tratado com eficácia. Ciente da condição desfavorável, os pais do garoto cortaram do cardápio todos derivados do leite, além de orientar os colegas de escola do filho para que se policiem num eventual contato físico com o garoto.
Episódio como o de Caio, felizmente, representa apenas uma pequena parcela dos casos alérgicos. Devido à diversidade de fatores que contribuem para o surgimento da alergia, a medicação ideal é aquela que seja feita a partir das características da criança, levando-se em conta o histórico familiar. Mesmo não tendo cura, existem inúmeras maneiras de controlar a alergia. Identificar a causa e manter-se longe dela é sem dúvida a principal, assim como manter o lar sempre limpo. Usando esses “remédios”, o seu filho estará cada dia mais distante desse problema.