A saúde mental da gestante tem impacto direto no desenvolvimento do bebê. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), mais de quatro em cada dez brasileiros tiveram problemas de ansiedade na pandemia. O problema, recorrente em todo o mundo, é debatido pelas organizações mundiais como uma pandemia paralela – e tem impactos profundos em todas as faixas etárias.
Em relação às gestantes, não é diferente. Ainda não se sabe exatamente o impacto da infecção pelo coronavírus nessa população e o medo das sequelas, aliado a outros problemas gerados pela crise, como o desemprego e o isolamento, causou grande estresse em muitas mulheres.
Prova disso pode ser vista em um estudo realizado por pesquisadores do King´s College London, na Inglaterra. Nele, 106 grávidas de 25 semanas, sendo 49 delas apresentando depressão, foram acompanhadas pelo período restante da gestação e por um ano depois do nascimento. O resultado apontou que as crianças das mães depressivas tinham alterações comportamentais e biológicas, reflexo da doença psiquiátrica vivida durante a gravidez pela mãe, mais acentuadas na primeira infância e, possivelmente, seriam mais atingidas também na vida adulta.
Nessa fase em que as mudanças hormonais se exacerbam e o desconhecido, muitas vezes, pode transformar a ansiedade exagerada em estresse, buscar atividades que relaxam e dão felicidade é o ideal a se fazer. Seja praticando canto, yoga, ou qualquer outra atividade, encontrar mecanismos para sentir a mente mais tranquila e feliz é fundamental.
O apoio do (a) companheiro (a) e dos familiares também é importante para passar mais segurança à futura mãe nesse momento da vida. E, em muitos casos, buscar terapia e apoio psiquiátrico são fundamentais para que a depressão pós-parto não se instale.
Manter a mente saudável durante a gravidez, evitando a depressão, impacta na saúde do filho. Cuidem-se sempre!