29 de abril: Dia Internacional da Imunologia

Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade
Brasileira de Pediatria, faz alerta para a importância da conscientização do tema

No próximo dia 29 de abril é comemorado o Dia Internacional da Imunologia. A data, que foi adotada mundialmente, tem o objetivo de trazer conscientização sobre o tema. Quando se fala de imunidade, a tendência é pensar apenas em vacinação, mas a população também precisa estar alerta para a campanha de conscientização sobre Imunodeficiências Primárias ou Erros Inatos da Imunidade.
 

Entre 22 e 29 de abril, acontece a Semana Mundial da Imunodeficiências Primárias, que oferece a oportunidade para informar e educar os formadores de políticas de saúde, as escolas, as famílias e o público em geral sobre imunodeficiências primárias (IP), chamando a atenção para o diagnóstico precoce e a disponibilidade do tratamento ideal. A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia promoveu, também, um encontro que debateu os principais desafios em torno dos Erros Inatos da Imunidade (EII).
 

Imunodeficiências Primárias ou Erros Inatos da Imunidade compõe um grupo de 450 doenças de origem genética, classificadas em 10 grupos, e que demandam diagnóstico e tratamento precoce para evitar complicações, sequelas e mortes. Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, explica que essas doenças podem afetar a imunidade logo no início da vida dos bebês, tornando-os suscetíveis às infecções de repetição graves ou alergias e doenças autoimunes, também tendo risco de desenvolverem câncer.

Segundo Condino-Neto, deve-se priorizar o teste do pezinho ampliado, para testar a imunidade da criança antes mesmo que comece se vacinar ou vá pra casa após o nascimento. “O principal objetivo do teste é detectar o grande grupo das chamadas imunodeficiências graves combinadas e agamaglobulinemia congênitas, que é quando a criança não produz anticorpos”, explica.

Dessa forma, o principal produto para esse grupo de doenças é a terapia de reposição de imunoglobulinas, que são anticorpos policlonais provindo do plasma dos doadores. Essa terapia tem como objetivo repor os anticorpos que os pacientes não conseguem produzir. Os antibióticos e os medicamentos antivirais também são importantes neste processo.

“O tratamento definitivo para determinadas formas de imunodeficiências se dá pelo transplante de medula óssea e células-tronco. Além da terapia gênica, que é o conserto dos genes defeituosos, método que pretendemos introduzir no Brasil no médio prazo”, finaliza o médico.
 

Assim como as demais datas que celebram e chamam atenção da população para problemas de saúde, o Dia Internacional da Imunologia traz visibilidade para doenças que nem sempre estão em discussão na imprensa, mas que acometem muitas pessoas, como é o caso das Doenças Raras, que afetam cerca de 13 milhões de brasileiros. Desta forma, esses problemas de saúde passam a ser mais conhecidos e também melhor encarados.

Fonte: Immunogenic – o primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho

Deixe um comentário