Todos os dias mais de 800 mulheres e outros 6,7 mil bebês perdem a vida na hora do nascimento. Os dados são da Organização Mundial da Saúde e mostram ainda que diariamente quase 5,4 mil bebês nascem mortos, com 40% desses óbitos relacionados ao trabalho de parto. Preocupantes, os indicadores motivaram a entidade a uma convocação global para adoção de um conjunto de metas que garantam a segurança do paciente a fim de atingir as metas estabelecidas nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
Além de engajar práticas que reforçam a segurança materna e neonatal, especialmente em torno do parto e nascimento, a iniciativa pretende aumentar a conscientização popular para atenção à saúde de mamães e bebês e assim, até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna para menos de 70 mortes por 100.000 nascidos vivos e diminuir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis, com hábitos de prevenção e tratamento. “Para atingir estes objetivos, a medicina diagnóstica tem papel fundamental. Ela impacta diretamente em toda a gestação e ajuda a garantir a segurança durante a gravidez e também no momento do parto. Somada a um acompanhamento médico integral, ela permite que mamães e bebês estejam no centro dos cuidados e contem com a melhor assistência evitando eventos adversos”, observa o médico gestor do Grupo Sabin e diretor do Comitê de Análises Clínicas da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, Dr. Alex Galoro.
O especialista reitera também que acesso aos cuidados pré-natais durante a gestação, assistência médica de alta qualidade na hora do parto e apoio nas semanas seguintes, fazem parte da medicina diagnóstica. “Com exames laboratoriais e de imagens, podemos ter uma visão global da saúde e qualidade de vida de mamães e bebês. Exames simples, como ultrassonografia, hemogramas e exames de urina, até os mais complexos como cardiotocografia, testes genéticos, como o CGH/SNP Array, para identificação de síndromes genéticas, testes pré-natais para checar doenças hereditárias, e marcadores sorológicos para Síndrome de Down e pré-eclâmpsia, fazem parte da rotina das futuras mamães nesta fase da vida”.
Galoro destaca ainda que atenção obstétrica e neonatal de qualidade minimiza a exposição a riscos relacionados ao processo assistencial e são essenciais para enfrentar algumas das principais causas de mortalidade materna, como eclampsia, infecções, hemorragia pós-parto e abortos. A rotina de cuidados diagnósticos com o bebê também é aliada na busca pela redução da mortalidade neonatal, que tem como principais fatores infecções, prematuridade e asfixia perinatal. “São fatores que nos levam a sermos enfáticos acerca da importância de uma assistência focada nas gestantes, puérperas e neonatos. Os exames, tanto laboratoriais quanto de imagem, integram os cuidados obstétricos ao longo de todas as fases da gestação e permanecem presentes nas primeiras horas de vida dos bebês”.
“A chegada do bebê é um momento especial e a medicina diagnóstica continua presente com a série de exames que assegura os cuidados com a saúde dos pequeninos, como o Teste do Pezinho ou da Bochechinha, que são capazes de identificar uma série de doenças que põem em risco a vida dos recém-nascidos. Portanto, não há como falar em segurança do paciente, sem falar da medicina diagnóstica. E não há como planejar um parto seguro sem envolver exames e testes capazes de salvar a vida de muitas mulheres e seus bebês”, finaliza.