Dias 2 e 18 de abril – Livro infantil, duplamente celebrado no mês de aniversário de Monteiro Lobato, é bom estímulo ao raciocínio em crianças
Especialista em ginástica cerebral dá dicas para introdução da leitura e cita benefícios das narrativas na infância, em funções cognitivas como concentração, memória e atenção
Neste sábado (2/4) é comemorado o Dia Internacional do Livro Infantil, efeméride que tem sua versão brasileira também no dia 18 deste mês, quando é celebrado o aniversário do escritor taubateano Monteiro Lobato (1882-1948), que postumamente fez de sua cidade natal a Capital da Literatura Infantil. Atenta à ocasião e entusiasta da leitura como ferramenta poderosa para o desenvolvimento de funções cognitivas, a unidade Rudge Ramos do Método Supera, de ginástica cerebral, estimula a prática destacando alguns de seus benefícios em fase de crescimento.
Nos agitados anos da infância, quando reter atenção em algo por muito tempo é tarefa ainda mais árdua, a narrativa escrita se torna um poderoso instrumento para treinar o poder de concentração no leitor iniciante, que tende a voltar aos trechos que perde quando é tomado por distração.
“É preciso revisar algumas linhas para fixar o significado dos conteúdos que chegaram a ser lidos, mas não apreendidos. E é essa dinâmica que vai treinando a capacidade de a criança manter a atenção contínua no que se propõe a fazer”, esclarece Leonardo Kawashita, diretor da unidade e porta-voz da rede Supera.
O ideal, complementa, é ir introduzindo o pequeno aos poucos, partindo dos textos simples, que contam histórias dinâmicas e de fácil compreensão. “A complexidade dos conteúdos deve ir aumentando gradativamente, para sempre haver uma novidade que desafie as funções cerebrais”, diz Kawashita.
Tornando-se um hábito, a leitura fortalece ainda a chamada memória operacional, que é quando o cérebro armazena e processa informações do momento presente. “A lógica é a seguinte: quanto mais volume tiver esse arquivo, mais ágil o leitor fica na interpretação do que consome de informação escrita”, relaciona o porta-voz.
Com o incentivo dentro de casa e nas escolas, as crianças podem encarar a atividade como uma experiência lúdica, criando repertórios e associando histórias lidas a situações de seu dia a dia, resultando em maior compreensão ou questionamento de vivências cotidianas. Esse cruzamento de ideias exercita o cérebro, cria conexões. “Empatia, senso crítico… Tudo acaba sendo estimulado quando o ganho da leitura a longo prazo é transportado para a vida em sociedade”, acrescenta Kawashita
Na hora de escolher livros para a criança, uma dica é prestar atenção nos assuntos que despertam seu interesse e, aos poucos, ir alterando os gêneros literários –dos quadrinhos, por exemplo, é possível avançar a um romance, a uma história de ficção científica ou a outro livro que provoque novas reações em quem avança em sua narrativa.
“Quem lê melhor pensa melhor”, finaliza o porta-voz.
Leonardo Kawashita, porta-voz do Método Supera