Com o fim da licença maternidade chega o momento de grande angústia, a separação da mãe e do bebê e uma dúvida: com quem deixar o bebê?
Quando termina a licença maternidade e a mamãe precisa retornar ao trabalho tem início um momento de grande angústia, não sem razão. Depois de meses, vinte e quatro horas ao lado do seu bebê, além da gestação, é chegada a hora da separação.
Não é um desligamento fácil, claro! Mas, se aos poucos a família for ponderando sobre o fato, refletir sobre as possibilidades e soluções, esse momento será logo superado e o cotidiano entra nos eixos acalmando os corações de todos.
São inúmeras as dúvidas que passam pela cabeça ao pensarmos nas questões: Com quem deixar meu filho? Qual a melhor opção? Ele vai sofrer? Berçário, babá ou vovó? Devo parar de trabalhar?
Não há uma única resposta. Vai depender muito da idade da criança e de qual a outra opção que há para ela. Claro que se houvessem condições de estar com a mãe, disponível integralmente ao bebê, não vamos negar que é uma excelente e melhor opção até por volta de um ano de idade. O afeto e estímulo materno são muito importantes nesta etapa. Entretanto, se a mãe não tem como se dedicar à criança, ou porque trabalha fora ou mesmo em casa precisando deixá-la no berço, ou em outro espaço enquanto lida com os afazeres, há opções mais adequadas.
Apesar da dificuldade e sofrimento, os pais não devem sentir-se culpados por ter que delegar os cuidados a outras pessoas.
O importante é que se sintam seguros com a escolha. Quando a criança está sendo bem cuidada e estimulada, ela está tendo um dia rico e de efetivo desenvolvimento. De forma alguma isso fará mal a criança.
O que importa é a qualidade e não a quantidade do tempo que estão juntos. Terá muito mais valor meia hora de aconchego, carinho, canções e dengos exclusivos do que um dia todo ao lado da criança sem poder estar efetivamente com ela.
Mas, e a vovó?
Amor de avó é uma delícia! Claro que ela tem muito amor para dar, somente boas intenções e uma sabedoria única. Mas (sempre o mas), há o risco de a família entrar em conflitos, sem necessidade. A começar pela escolha – normalmente são duas avós. Até a escolha de uma delas pode significar um problema. Outra situação comum, um agravante, é que os pais podem discordar da maneira como a vovó, ou mesmo outro parente, cuida da criança e seria constrangedor repreender ou dispensar seus cuidados.
E a babá?
As babás, muitas vezes passam a fazer parte do núcleo familiar. Quando um bebê requer cuidados especiais ou também por opção dos pais que pretendem adiar um pouco a ida da criança para a escola pode ser uma boa escolha, desde que muito cuidadosa. A babá deve ser bem preparada, deve conhecer o desenvolvimento infantil, a fim de que colabore com o desenvolvimento adequado e não seja simplesmente uma cuidadora, que fica observando se a criança está em segurança e com a alimentação e assepsia em dia.
A partir de um ano de idade a convivência com outras crianças e profissionais adequados para observar o desenvolvimento e estimular de forma correta passa a ser muito importante.
Se a opção é por um berçário, como escolher um que seja adequado, comprometido e confiável?
LEGALIDADE – Antes de qualquer coisa é preciso verificar se a escola é regularizada e se tem autorização de funcionamento. Quando uma escola é regularizada ela é também fiscalizada constantemente.
CAPACITAÇÃO – Deve haver, no mínimo, uma pedagoga na direção – presente na escola. Os professores e demais funcionários, devem ter a capacitação necessária para cada função.
ESPAÇO – O espaço físico deve também seguir algumas regras como cuidados com os brinquedos, arestas arredondadas, antiderrapantes e corrimões nas escadas. O material didático-pedagógico adequado a cada faixa etária, também deve ser analisado e seguro.
FILOSOFIA E METODOLOGIA – Comprometimento com valores irrenunciáveis, afeto, programas de relacionamento e socialização da criança são áreas importantes a serem observadas. O projeto político pedagógico deve ser claro para a equipe e efetivado na prática diária. A metodologia deve ir ao encontro dos valores que a família compartilha.
INFRAESTRUTURA – Segurança, higiene, cursos oferecidos, manutenção de brinquedos e atividades extracurriculares, dentre outros.
LOCALIZAÇÃO E CUSTO-BENEFÍCIO – Proximidade da residência e mensalidade coerente com os serviços oferecidos e possibilidades orçamentárias da família.
Crianças que frequentam escolas comprometidas desenvolvem-se tendo todas suas potencialidades desenvolvidas, com estímulos adequados a cada faixa etária.
A brincadeira no parque ou na areia, a coordenação motora, a música, a poesia, a psicomotricidade, o ritmo, o letramento e a alfabetização são algumas das áreas estimuladas que fazem com que as crianças aprimorem suas habilidades e competências acumulando uma bagagem que as auxiliará nas soluções de desafios e situações-problema da sua vida.