Não é comum isso ocorrer e se for ocasional não há com que se preocupar, mas se for recorrente o médico deverá ser comunicado
Amamentar é um contato único entre a mãe e o bebê. O ato aproxima e fortalece a ligação e o leite materno é ideal para o crescimento saudável da criança. Por mais que essa relação seja majestosa, a amamentação requer cuidados. Um dos maiores sustos é quando o leite sai pelo nariz do bebê.
Rose Teykal, da Associação Amigos do Peito e mãe de cinco filhos, diz que isso é raro de acontecer. “A forma de engolir da mamada no peito evita a ida do leite para nariz e ouvidos. Se acontecer, o reflexo da mãe de levantar a criança costuma ser o suficiente”.
Caso continue a sair leite pelo nariz, a mãe deve deixar a cabeça do bebê mais baixa e dar duas palmadas de leve nas costas do bebê para pressionar o pulmão e interromper a asfixia (sufocação). Se o leite não parar de escorrer, a criança deve ser levada prontamente ao hospital.
Isso faz parte do refluxo em bebês. Se isso acontece com certa frequência, a mãe deve levar a criança para um acompanhamento pediátrico. O refluxo fisiológico ocorre quando há um desvio da rota do alimento, que causa um desconforto.
Isso também acontece em adultos e provoca ânsia, queimação e azia. Como os bebês se alimentam de líquidos e os esfíncteres do esôfago não estão amadurecidos, é mais comum que isso aconteça e o leite transita do estômago para o esôfago, então os bebês regurgitam.
Para evitar o refluxo é importante que a mãe coloque o bebê para arrotar e espere após o primeiro arroto para ver se ele tem mais ar para ser liberado. Também deve aguardar uns 40 minutos após a amamentação para colocar o bebê para dormir. Importante também que ela não agite o bebê. É preciso aguardar a digestão. Ao amamentar, a coluna dele deve estar apoiada, evitando flexionar o abdômen. Quando o bebê for dormir, aconselha-se que o coloque na posição em que a cabeça fique mais alta que os pés, ou seja, o corpo do bebê fica inclinado. Pode-se conseguir esse efeito colocando um calço de uns 10 cm nos pés da cabeceira do berço, ou pode-se comprar almofadas/colchões anti-refluxo, que se adaptam ao berço e são próprios para isso.
E para dormir a posição recomendada é a “de barriga para cima”, apenas em casos muito específicos e críticos será aconselhado a posição “de lado”.
Além do refluxo fisiológico, existe o patológico. Os dois tipos necessitam de acompanhamento do pediatra, mas o segundo persiste em idades avançadas e requer um tratamento especial. Nesse caso, além dos vômitos, a criança fica irritada, chora muito, tem dificuldade para dormir, recusa alimentos e possui complicações no nariz, ouvidos, gargantas, além do baixo ganho de peso. Nesse caso, a mãe deve iniciar o tratamento específico para esse problema.