Nas férias, as crianças estão na casa dos avós e parentes e é um momento para se provar muitos alimentos diferentes
Porém, determinados alimentos devem ser introduzidos com cautela e na medida certa para os pequenos a fim de se evitar o engasgo.
Segundo estudo publicado pela revista de Pediatria SOPERJ, Publicação Oficial da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, o engasgamento é uma das principais causas de mortalidade infantil, sendo a terceira causa de morte por acidentes entre crianças no país.
Muitos desses engasgos em crianças pequenas na faixa etária de 4 anos acontecem através da alimentação principalmente por elas não terem ainda os dentes pré-molares definidos. De acordo com a fonoaudióloga Carla Deliberato, muitas crianças não apresentam habilidade motora oral adequada na primeira infância e acabam engasgando ao ingerirem alimentos mais sólidos.
Outros casos têm origem de fatores anatômicos, neuromusculares e maturacionais, sendo que nesses casos, podemos estar diante de distúrbios miofuncionais orofaciais ou quadros de disfagia orofaríngea, que é quando a criança tem dificuldade de engolir alimentos sólidos, líquidos e pastosos.
Quando a criança tem engasgos constantes, é preciso que os pais entrem em alerta, observar as dificuldades que a criança enfrenta para comer, se existe algum tipo de alimento e textura que causam mais problemas.
Fonte: Carla Deliberato é fonoaudióloga formada pela PUC-SP desde 2003, com vasta experiência em atendimento clínico, hospitalar e domiciliar de pacientes com dificuldades alimentares (disfagia, recusa alimentar e seletividade alimentar), sequelas neurológicas e oncológicas do câncer de cabeça e pescoço, síndromes, além de atuação em comunicação alternativa e voz.