Alerta de Dengue: como Prevenir a Proliferação e Contaminação do Mosquito Aedes Aegypti

Recentemente, o cantor Lucas Lucco foi diagnosticado com dengue, a equipe do cantor afirmou o diagnóstico e o cancelamento dos shows da semana devido às recomendações médicas de repouso para recuperação.

A dengue é uma doença infecciosa que pode progredir para formas graves, acometendo pessoas de qualquer faixa etária. Esta doença viral é transmitida principalmente por mosquitos Aedes Aegypti e, em menor escala, pelo Aedes Albopictus. Está causada por um dos quatro subtipos do vírus da dengue, cada um dos quais podem desencadear dengue febril ou dengue grave. A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a dengue como uma das dez principais ameaças à saúde global. 

O Brasil sofreu em 2022 o mais alto número de mortes pelo vírus da dengue já registradas, ultrapassando pela primeira vez a quantia de mil óbitos no período de 12 meses. Muitas cidades encontram-se em estado de alerta devido à epidemia. 

Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, foram 1.016 vítimas da doença, 313% a mais que as 246 registradas no ano anterior, e 3% superior às 986 em 2015, ano mais letal até então. Outras 109 mortes ainda estão em análise. 

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lança um aviso sobre a escassez de campanhas de prevenção contra o mosquito-da-dengue, o Aedes Aegypti, sendo esta a principal estratégia de controle da doença. Isto se deve ao fato de que a vacina aprovada para uso no Brasil, que poderia ser outra opção para evitar o contágio pelo vírus, apresenta um impacto limitado: ela se destina somente para a faixa etária entre 9 a 45 anos, visando apenas a proteção contra uma segunda infecção, normalmente mais grave, e só está disponível na rede particular.


A médica Dra. Marcela Rodrigues, diretora da Clínica de Vacinas Salus Imunizações, alerta que nesta época do ano, principalmente no mês de janeiro, a intensidade das chuvas é significativa, tornando extremamente necessário o alerta para redobrar os cuidados, pois as estações mais quentes do ano e grandes incidências de chuvas, torna-se o ambiente ideal para a propagação de vírus transmitidos pelo Aedes Aegypti, com a dengue, zika e chikungunya

A falta de ações preventivas pode acarretar uma série de problemas para a saúde pública, como o aumento da disseminação dessas doenças. É importante que as autoridades sanitárias tomem medidas para evitar que tais situações continuem ocorrendo.” comenta a médica. 

Vale considerar também que não apenas os municípios em situação de alerta, mas todas as cidades do país, precisam se atentar às necessidades de reforçar as medidas de proteção contra a dengue. Isso inclui o aumento da vigilância e da conscientização da população, bem como a intensificação das ações de controle do mosquito Aedes Aegypti. Só assim será possível prevenir e combater este grave problema de saúde pública.

A médica Dra. Marcela Rodrigues explica que a letalidade da dengue está associada à demora na identificação e no tratamento da doença. A doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti pode causar sintomas leves a graves. Se não for tratada adequadamente, a dengue pode evoluir para uma forma grave, chamada de dengue hemorrágica, que pode ser fatal. 

Apesar de apresentarem similaridade com os sintomas da Covid-19, os sinais da dengue tendem a complicar ainda mais a possibilidade de um diagnóstico acertado. Entre os sinais iniciais estão a febre, dores de cabeça e de corpo, mal-estar e fraqueza. 

Por isso, é importante procurar um médico assim que os primeiros sintomas aparecerem. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações e garantir a recuperação.


“A vacinação é a melhor forma de prevenção contra doenças transmissíveis e é importante para manter a saúde da comunidade. Além disso, ao se vacinar, você está contribuindo para o esforço coletivo de prevenção e controle dessas doenças. Vacinar não só protege a si mesmo, mas também protege aqueles da comunidade. Portanto, se você puder, vacine-se!” Finaliza a Dra. Marcela Rodrigues.

Fonte: Marcela Rodrigues: Médica com graduação e residência em dermatologia pela faculdade ciências médicas de Santos, atuando há 25 anos na área da saúde. Membro sociedade brasileira de dermatologia.

Membro sociedade brasileira de imunização. Membro da associação brasileira de melanoma.

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