Especialista esclarece mitos e dúvidas sobre o transtorno
Nos dias de hoje, é comum encontrarmos informações desencontradas sobre o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), frequentemente acompanhadas por estigmas e mal-entendidos. Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), a prevalência global do TDAH varia entre 5% e 8%, destacando a importância de entendermos sua natureza e impacto. Outro dado revela que cerca de 70% das crianças com o transtorno apresentam pelo menos uma comorbidade adicional, enquanto 10% enfrentam três ou mais comorbidades, realçando a complexidade desse quadro.
O Dr. Caio Gibaile, médico psiquiatra, renomado consultor empresarial e palestrante, esclarece que o TDAH é, na verdade, um transtorno do neurodesenvolvimento relacionado a alterações de início precoce no cérebro. Essas mudanças podem levar a dificuldades no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional. “É fundamental desmistificar o TDAH e eliminar as ideias equivocadas que circulam a respeito. Com as abordagens corretas, pessoas com o transtorno podem não apenas levar uma rotina comum, mas também prosperar em diversos aspectos de suas vidas”, acrescenta.
Para alcançar essa realização, o acompanhamento profissional, a educação e o apoio adequado desempenham papéis cruciais. “A compreensão das necessidades individuais e a implementação de estratégias adaptativas podem fazer uma grande diferença, nem tudo se resume aos medicamentos”, explica o Dr. Gibaile.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade pode ser tratado com várias abordagens, que incluem adaptações comportamentais, intervenções psicoeducacionais e, em alguns casos, medicamentos estimulantes. A abordagem comportamental ajuda a desenvolver habilidades de organização, gerenciamento de tempo e estratégias para lidar com impulsividade. Intervenções psicoeducacionais envolvem orientar pais e professores para melhor apoiar a criança – “Inclusive, para crianças menores, educar os adultos e reorganizar o ambiente é o que faz mais diferença.”, acrescenta o médico. Medicamentos alopáticos, como metilfenidato e lisdexanfetamina, também podem auxiliar do tratamento de crianças maiores, adolescentes e adultos, ser prescritos por um médico psiquiatra quando necessário, e ajudam a controlar os sintomas do quadro.
O tratamento deve ser personalizado com base nas necessidades individuais da pessoa com TDAH. É importante consultar um profissional de saúde qualificado para determinar a abordagem mais apropriada. A informação correta e o apoio adequado podem ajudar indivíduos com esse transtorno a superar desafios e construir vidas plenas. O Dr. Caio Gibaile convida a sociedade a se unir nessa jornada de compreensão e inclusão, quebrando estigmas e promovendo um ambiente em que todos possam florescer
Fonte: Dr. Caio Gibaile – Graduado pela Universidade de Brasília, o Dr. Caio Gibaile é médico psiquiatra com subespecialidade na área de psiquiatria forense, consultor empresarial, palestrante e fundador da Gênios Brasileiros, empresa de educação que busca, através da promoção do autoconhecimento, desenvolver as habilidades dos jovens do nosso país.