. O diagnóstico precoce é um desafio, pois a cólica menstrual é queixa comum na maioria das meninas.
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”A endometriose é uma doença que começa na adolescência e o diagnóstico se dá entre 10 a 15 anos depois. As mulheres usam anticoncepcional por anos e quando param para engravidar, se deparam com dor menstrual ou não conseguem engravidar. Nem toda mulher que tem cólica vai desenvolver endometriose. O diagnóstico precoce é um desafio, pois a cólica menstrual é queixa comum na maioria das meninas.
Alguns dos sintomas são inflamação e dor do sangue menstruado dentro da barriga. A dor pode ser na menstruação, na relação sexual, na evacuação, nas costas, para urinar e, também, pode ser o tempo todo ou se limitar a ir e vir. As dores começam antes dos 20 anos e vão piorando gradativamente, afetando a qualidade de vida física e mental da mulher.
Quando se fala de tratamento, o uso de contraceptivos e tratamentos hormonais, como, por exemplo, o DIU, fazem parte do primeiro cuidado da doença e buscam evitar a dor e a menstruação. Tratamentos devem visar a melhora da qualidade de vida, focando numa dieta saudável, mais natural, com menos alimentos industrializados, açúcares e gorduras. É recomendado também, fazer atividade física, reduzir o consumo de álcool e do fumo. A endometriose é uma doença de saúde pública, inúmeras mulheres são afetadas anualmente levando a gastos de milhões. “É muito importante, um diagnóstico e uma orientação correta, tendo um olhar para o momento de vida da mulher e para o problema maior em questão, sejam a dor ou a infertilidade. Um em cada sete casais hoje no mundo são inférteis, a endometriose é uma das principais causas”.
Fonte: – Dra. Marise Samama, ginecologista e médica presidente da AMCR – AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil), uma entidade sem fins lucrativos.