A super babá

Muitas mamães optam por contratar uma babá. Desta forma, o bebê poderá ser cuidado em casa, no seu próprio universo mais ou menos conhecido, portanto, mais confiável e, principalmente, sem sair muito da rotina doméstica, sem grandes mudanças.

A babá, por sua vez, tem se dedicado a se aperfeiçoar no trato com o bebê, reciclando seus conhecimentos, aprendendo outro idioma, frequentando cursos de auxiliar de enfermagem, farmácia, boas maneiras, estágio em maternidade cinco estrelas. Enquanto umas babás se especializam em recém-nascidos, outras preferem cuidar de bebês acima de seis meses e, outras ainda, a partir de um ano de idade.

Esse aumento considerável e relevante de conhecimentos no currículo, permite-lhes um salário adicional sem igual, implicando no atendimento a famílias mais abastadas e de renome. Assim, o currículo também prioriza as famílias com quem trabalharam, o que serve de referência para outras de mesmo nível socioeconômico.

Babá brincando com o bebê - Stokmen / ShutterStock

Tanto quanto as mamães exigem referências durante a entrevista de emprego, as super babás também querem saber de antemão com que tipo de pessoa irão trabalhar e se relacionar. Muitas exigem dormir no quarto do bebê por ser mais cômodo e também para manter certa distância do resto da criadagem, já que se acham em outro nível, por circularem na ala social da casa, sem restrição, frequentarem os mesmos lugares que os pais do bebê, como restaurantes, clubes, visitas sociais, bem como, viajarem junto com a família inclusive para o exterior. Enfim, é um mundo totalmente diverso dos demais empregados.

Mesmo com toda essa mordomia, o salário torna-se impraticável à maioria das famílias. De qualquer maneira, as crianças são criadas e educadas satisfatoriamente, independentemente do auxílio de uma babá, desse porte ou não. Isto significa que sempre há uma saída adequada a cada família, sem necessidade de extrapolar o orçamento doméstico.

Os requisitos básicos para se contratar uma babá, são: gostar de criança, ser amorosa e saber brincar com ela, ter noções de higiene, no mínimo alfabetizada para poder ler para a criança ou ler instruções e receitas médicas, ter noções de primeiros socorros, não ter vícios como fumar, beber, tomar remédios indiscriminadamente e sem receita médica ou ingerir drogas e reagir adequadamente a situações de imprevisto e de urgência.

Mas algumas vão muito além, ditando as regras da casa, da criança, impedindo os pais de participarem efetivamente dos cuidados do próprio filho. As famílias que permitem estes comportamentos, são mais inseguras e ansiosas e se sentem incapazes de lidar com o pequeno. Assim, as babás tanto podem ajudá-las a ter mais confiança, quanto reforçar a inaptidão o que lhes dão mais poder e controle, pois os pais nunca aprenderão a cuidar de seu filho, dificultando inclusive o vínculo entre eles.

Sabemos, entretanto, que muitas famílias exigem que as babás realizem todo o trabalho com os bebês e que elas mesmas sejam apenas mera observadoras do processo de criação e educação.

Por outro lado, a contratação de uma babá permitirá que os pais possam dormir melhor à noite ou fazerem um passeio a dois ou só de adultos e, no caso de ter outros filhos, poderem compartilhar um tempo maior com eles, diminuindo o ciúme entre os irmãos. Também aprendem com a babá como dar banho, trocar, cuidar do coto umbilical, a posição adequada para amamentação, enfim.

É importantíssimo que a mãe trate a babá como grande colaboradora que é e não como substituta de mãe, explicitando as normas da família e da casa que devem ser respeitadas. Como sempre, estar atenta às variações de humor, apetite e sono da criança, pois ela sempre sinalizará quando algo não ocorre como desejado.

Fundamental ainda que os pais entendam que o carinho e o cuidado da babá jamais poderão substituir o amor que sentem e compartilham com seu bebê.

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