Planejamento prévio para gestantes inclui uma lista de diversos itens que precisam ser avaliados antes do início da gestação
O mês de maio é dedicado às mães e muitas mulheres estão em busca de serem chamadas desta forma. E uma gravidez planejada pode garantir mais tranquilidade, qualidade de vida e melhoria na saúde da mãe e do bebê.
O Brasil ainda precisa evoluir neste cenário. De acordo com uma pesquisa da empresa farmacêutica Bayer em parceria com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), cerca de 62% das mulheres locais já tiveram uma gestação não planejada. Para se ter uma ideia, a média no resto do mundo de gestações sem preparação prévia é de apenas 40%.
Para a ginecologista credenciada da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Dra. Juliana Olavo Pereira (CRM-PR 26.963, RQE 17.573), programar uma gravidez evita riscos e previne situações de saúde, psicológicas e sociais. “A vantagem de um planejamento é que podemos identificar riscos sociais, comportamentais, médicos e ambientais para a fertilidade da mulher e uma futura gestação, sendo possível reduzir esses riscos por meio de educação, aconselhamento e intervenção apropriados”, explicou a médica.
Na prática, é recomendado que o planejamento comece pelo menos três meses antes do início da gravidez em uma rotina que inclui diferentes cuidados e visitas regulares a um ginecologista. Em casos específicos, onde a mulher tenha alguma condição prévia que dificulte o processo, este prazo pode ser ainda maior.
A Dra. Juliana frisa que entre os cuidados que precisam ser tomados pelas futuras mães se destacam a completa avaliação da saúde da mulher, o que inclui: atualização do quadro vacinal; checagem de medicamentos de uso contínuo; suspensão do uso de álcool e cigarro; avaliação de saúde mental e qualidade do sono; check-up dentário; bom controle de doenças crônicas e bons índices glicêmicos; checagem de possíveis IST e avaliação de algumas doenças virais e parasitárias. Um bom condicionamento físico é outro item que precisa ser bem trabalhado: o controle de um peso corporal saudável e sua manutenção feita a partir de atividades físicas regulares e alimentação balanceada são fundamentais. Por fim, é importante que a futura gestante inicie uma suplementação com ácido fólico/metilfolato três meses antes de iniciar as tentativas de gravidez.
Além disso, há uma série de exames de rastreio anuais que precisam ser solicitados/checados pelo ginecologista responsável pelo acompanhamento da mamãe: pesquisa de infecção sexualmente transmitida, doenças parasitárias, virais, vitaminas e micronutrientes, glicemia, colesterol, exame tireoidiano e demais testagens individualizadas conforme a condição clínica de cada mulher.
A lista de cuidados é grande, mas extremamente importante para que a gestante possa ter uma jornada segura e tranquila ao longo dos nove futuros meses. Trata-se de uma longa preparação que, no fim das contas, valerá cada minuto investido.
Autoria: Ginecologista credenciada da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Dra. Juliana Olavo Pereira (CRM-PR 26.963, RQE 17.573.