Práticas são recomendáveis para a primeira infância (de 0 a 5 anos)
As estimulações sensoriais no autismo integram o escopo da Terapia de Integração Sensorial. Este é um método utilizado principalmente – mas não exclusivamente – por Terapeutas Ocupacionais, e o principal foco é criar estímulos apropriados em crianças com autismo.
“Essas são técnicas que buscam trazer mais conforto a quem apresenta dificuldade em processar informações sensoriais. Além disso, auxiliam quem tem excesso ou falta de sensibilidade em algum dos sentidos. Lembre-se que essas estimulações e brincadeiras precisam ser prazerosas para sua criança! Se ela demonstrar qualquer incômodo, melhor não forçar”, explica Amanda Dias, terapeuta aplicadora de terapia ocupacional, da Genial Care. A terapeuta ressalta a importância de observar as crianças com hiper resposta tátil, ou seja, que se incomodam muito com texturas – às vezes forçar uma brincadeira de massinha, por exemplo, pode gerar repulsa por conta da quantidade de estímulo, o que é muito comum no autismo.
As atividades sensoriais ou brincadeiras para integração sensorial são recomendadas para a fase de 0 a 5 anos de idade, a primeira infância da criança, e tem como principal benefício o estímulo dos sentidos: paladar, tato, olfato, visão e audição. Além disso, são poderosas e importantes aliadas para a criança autista.
“As atividades podem auxiliar no desenvolvimento social, além de auxiliar na criação de mecanismos de comunicação e reduzir comportamentos repetitivos”, ressalta Amanda. A integração sensorial é o entendimento do ambiente, do corpo e de todos os estímulos exteriores, tendo uma reação ou aprendizado de acordo.
Confira 5 dicas de divertidas atividades sensoriais para crianças com autismo. E lembre-se: adaptar esses momentos para os gostos pessoais da criança, além de ser um ato especial, promove muita diversão!
1) Massinha de farinha
Uma brincadeira simples e super divertida! A massinha é feita em casa e super fácil de preparar: basta misturar farinha de trigo e água em um grande recipiente, e mexer até obter uma consistência massuda. Daí é só soltar a criatividade para criar formas diferentes, curiosas e engraçadas.
2) Construindo com argila
Muito indicada para promover a interação e estimular o aspecto sensorial, a argila pode ser moldada de diferentes maneiras. Além de estimular os sentidos, a criança acompanha a secagem, percebendo a mudança da textura e contemplando a criação de sua “obra de arte” ao final do processo.
3) Congelando os brinquedos
Que tal experimentar uma nova forma de apresentar os brinquedos? Coloque- os em uma caixa plástica com um pouco de água e leve para congelar. Depois, basta desenformar o grande bloco de gelo e estimular a criança a tirar os brinquedos de lá utilizando ferramentas como martelinhos de brinquedo, borrifadores com água morna e outros. Perfeito para um dia de calor! A exploração faz parte do processo de descoberta, e a brincadeira estimula o sentido da visão.
4) Classificando as formas
Para auxiliar na psicomotricidade e no reconhecimento de diferentes formatos de objetos, coloque em uma lata ou assadeira grãos de feijão, macarrão, botões, clipes, miçangas, etc. Diga para a criança pegar esses objetos com pinças ou com os dedos e, então, separar em “montinhos” de acordo com características em comum, que podem ser o formato, o tamanho ou até mesmo a cor.
5) Degustando como brincadeira
Sabe aquelas brincadeiras em que você precisa adivinhar qual comida está comendo, mas de olhos vendados? Faça isso e peça para a criança dizer o que é a comida a partir do sabor, ou mesmo dizer o que ela percebe no paladar: doce, salgado, azedo, quente, frio… A escolha das comidas depende do gosto das crianças, mas pode ser uma ótima forma de introduzir novos sabores e texturas.
“As brincadeiras com jogos e brinquedos ajudam os pequenos a desenvolverem uma série de habilidades imprescindíveis para sua evolução cognitiva, motora e social”, finaliza Amanda.
Fonte: Genial Care, clínica multidisciplinar de cuidado e evolução de crianças autistas e suas famílias, conecta tecnologia e embasamento científico às pessoas. A startup tem o compromisso de criar ferramentas para ajudar no desenvolvimento de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e capacitar e apoiar pessoas cuidadoras nessa jornada. Atualmente, conta com mais de 100 colaboradores dispostos a transformar a vida das famílias que convivem com autismo no Brasil.