A maioria das deformidades em pés de recém-nascidos desaparecem com o tempo, para outras há tratamentos e em último caso cirurgias.
Os pés dos bebês normalmente não precisam de cuidados especiais. Na maioria das vezes, as deformidades são consequências da posição intrauterina, sendo flexíveis. Nesses casos, o tratamento é apenas observação com resolução espontânea. O especialista Henrique Cruz, do Instituto de Ortopedia Pediátrica do Rio de Janeiro (IOPERJ), explica sobre os casos mais complicados. “Quando os pés apresentam deformidades fixas com dificuldade de manipulação, as crianças devem ser levadas ao ortopedista pediátrico para avaliação. O tratamento nesses casos depende do tipo da patologia”.
O pé plano valgo, conhecido como pé chato, está entre os problemas mais comuns. Henrique diz que, antigamente, acreditava-se que o uso de palmilhas, andar descalço ou na areia, e o uso de botas ortopédicas influenciavam a correção do pé. “Hoje já é sabido que o pé plano é uma variação da normalidade e que medidas descritas anteriormente não influenciam na história natural. Em crianças pequenas, a ausência do arco plantar é muito comum e se deve pela presença de gordura na planta do pé”.
Na maioria das vezes, os pés são assintomáticos (não possuem sintomas, como dores ou incômodos) e não necessitam de tratamento. Quando sintomáticos, devem ser tratados com uso de palmilhas ou tênis especiais (pré pronado) com o objetivo de aliviar os sintomas. O médico ainda ressalta que fisioterapia para alongamento do tendão de Aquiles pode ser recomendada. “O tratamento cirúrgico é a exceção e deve ser indicado para pés persistentemente dolorosos após medidas citadas anteriormente”.