Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, o Paraná está passando por uma epidemia de gripe H3n2, com circulação comunitária. Além disso, foi confirmado o primeiro caso da variante Ômicron, da COVID-19, no Estado.
Epidemia de H3n2 alerta para a importância de se vacinar contra gripe e pneumonia
A nova vacina da gripe, atualizada com os vírus circulantes no ano anterior, deve chegar ao Brasil no final de março ou começo de abril. “É provável que a nova imunização oferecida pelo SUS venha já com a cepa Darwin da H3n2, responsável pelo surto atual no nosso país”, afirma a enfermeira especialista em vacinação, Renata Quadros.
A vacina tetravalente do H1N1, ministrada esse ano pela rede particular, foi composta por quatro tipos de cepas do vírus influenza, sendo duas do tipo A (H1N1 e H3N2) e duas do tipo B, o que já garantiu uma imunização à doença. “Quem realizou a vacina tetravalente, já apresenta uma defesa maior para enfrentar essa epidemia”, afirma.
Porém, outras doenças podem levar a quadros respiratórios graves e a vacinação é uma arma poderosa para o aumento da imunidade e contribuir para que o organismo não desenvolva formas graves da doença. “Sintomas como baixa saturação de oxigênio, febre alta, tosse, dor de garganta, dor de cabeça, entre outros, são comuns em diversas doenças respiratórias e exigem maior atenção”, completa Renata.
Entre as vacinas disponíveis, atenção especial para as contra a doença pneumocócica, oferecida em versões como Pneumocócica 10 valente, que, segundo a SBIm, previne cerca de 70% das doenças graves como pneumonia, meningite, otite, causadas por 10 sorotipos de pneumococos; e a pneumocócica conjugada 13-valente, que previne contra 13 sorotipos da bactéria Streptococcus pneumoniae, responsável por doenças como pneumonia, meningite, sepse, bacteremia e otite média.
Elas são indicadas para crianças a partir de 2 meses a menores de 6 anos de idade. Para crianças a partir de 6 anos, adolescentes, adultos e idosos, recomenda-se esquema combinado à vacina Pneumocócica 23. “São vacinas realizadas na infância e muitas vezes esquecidas durante a fase adulta. É preciso verificar as indicações e realizar a imunização.”
Outras vacinas como a contra coqueluche, por exemplo, também contribuem para a prevenção de doenças respiratórias graves. Geralmente essa imunização vem com a tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa) que contém, também, os toxóides tetânico e diftérico, e da vacina quádrupla bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa-VIP), contendo, além dos já mencionados, também antígenos inativados da poliomielite.
A enfermeira alerta para a importância de manter a Carteira de Vacinação em dia, protegendo a própria saúde e evitando surtos de doenças no país. “A ausência de reforços ao longo da vida pode levar a um aumento de casos em jovens e adultos, que na maioria dos casos apresentam poucos sintomas e podem ser responsáveis pela disseminação da doença para a população mais suscetível”, alerta Renata.