Cerca de 85% dos Casos de Rinite no Brasil são do tipo Alérgico

Otorrino explica principais diferenças entre a rinite alérgica e viral

A rinite acontece quando a mucosa nasal sofre uma inflamação, provocando obstrução do nariz, irritação, coriza e espirros. Esta inflamação pode estar ligada a uma rinite alérgica ou viral, que podem aparecer durante todo o ano e, por conta disso, muitas pessoas sofrem com esta condição. Conforme dados da ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, cerca de 30% dos brasileiros têm rinite e, na maior parte dos casos, aproximadamente 85% deles a causa é alérgica. 

Para o professor voluntário no Serviço de Otorrinolaringologia na Santa Casa de São Paulo e otorrinolaringologista na Clínica Dolci em São Paulo, Dr. Gustavo Meirelles, a rinite alérgica é mais comum, porque as pessoas estão a todo momento expostas a um de seus principais causadores. “Neste tipo de rinite, temos o ácaro como um dos fatores de causa. Eles estão por toda parte, colchão, travesseiro, cortina, tapete, sofá e principalmente onde há poeira. Esse é o motivo pelo qual a rinite alérgica é o tipo mais comum na população”, comentou. “Na primavera, as pessoas também ficam suscetiveis ao pólen, que é outro causador presente no dia a dia”, completou o otorrino. 

Já a rinite viral pode ser desencadeada por uma variedade de vírus, como a gripe comum e o resfriado. Tanto a viral quanto a alérgica compartilham sintomas que podem ser facilmente confundidos, como espirros, congestão nasal e coriza. Entretanto, algumas diferenças podem ser percebidas, como na viral, que é mais comum que a pessoa apresente também febre e enjoo, na alérgica é mais comum que o paciente tenha casos de coceiras e espirros. 

Quando os pacientes começam a apresentar estes sintomas, é recomendado que procure um especialista para descobrir do que se trata e iniciar o tratamento. O diagnóstico pode ser feito de diversas maneiras, como teste de contato, exame de sangue e outros métodos disponíveis para saber se o caso se trata de uma rinite alérgica ou viral. 

“Infelizmente, os casos de rinite alérgica não têm cura, o que acontece é um tratamento que proporciona um melhor estilo de vida para o paciente, por meio de anti-histamínicos, corticóides, imunoterapia e vacina para rinite”, explicou Meirelles. “Nos casos de rinite viral, os sintomas costumam desaparecer sozinhos, sem necessidade de tratamento específico. Em alguns casos, pode ser feito o uso de descongestionantes e analgésicos para aliviar os sintomas”, finalizou.  A prevenção para cada tipo de rinite é bem distinta, no tipo alérgico é recomendado manter a limpeza da casa para evitar a proliferação de ácaros, além de limpar com uma máscara, deixar os ambientes abertos e com a luz do sol e não usar roupas que ficaram guardadas por muito tempo. Já para o tipo viral, o paciente deve evitar ficar por um longo período em locais com ar-condicionado, evitar contato com produtos químicos e pessoas gripadas, além de regularmente fazer a lavagem nasal com soro fisiológico.

Fonte: Dr. Gustavo Meirelles dos Santos – Otorrinolaringologista na Clínica Dolci Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo. Graduado na PUC – São Paulo. Residência em Otorrinolaringologia na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Fellow em Rinologia na Santa Casa de São Paulo. Professor voluntário no Serviço de Otorrinolaringologia na Santa Casa de São Paulo

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