Craniossinostose: a Cirurgia Deve ser Feita até o Primeiro Ano de Vida

No artigo deste mês, escolhi um tema que gera muita apreensão nos pais e mães: a craniossinostose. De origem congênita, caracteriza-se pelo fechamento precoce das junções entre os diferentes ossos do crânio, o que resulta em diferentes formatos da cabeça e tem uma incidência de um a cada 2.000 nascimentos.
Essa alteração pode ocorrer durante o período fetal. O crânio se desenvolve a partir da interposição óssea ao longo das linhas de sutura (que são as junções dos ossos do crânio). E quando isso ocorre, o crânio não cresce no sentido perpendicular a essa junção, causando a malformação. Essa deformidade pode se apresentar em pacientes com mutações genéticas de forma isolada ou associada a síndromes, ou seja, acompanhada de outras malformações em diferentes partes do corpo.
Embora a craniossinostose ocorra ainda na gestação, o diagnóstico só pode ser
confirmado após o nascimento do bebê, após avaliação clínica e confirmado
com a realização de exames de imagem, como tomografia e Raio-X.
Tratamento – O tratamento é cirúrgico e necessário, basicamente, por três
motivos:
  • Risco de hipertensão intracraniana (aumento da pressão dentro da cabeça) e sofrimento cerebral, que pode elevar a regressão do desenvolvimento neuropsicomotor;
  • Alterações oftalmológicas, que podem cursar até com perda da visão e;
  • Questões estéticas, para não interferir futuramente na qualidade de vida e autoestima da criança.
Uma equipe multidisciplinar participa da cirurgia de craniossinostose,
composta por neurocirurgião e cirurgião plástico. Além disso, pode necessitar
de outras especialidades para acompanhamento do caso, como um
geneticista.

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