Cuidado com as janelas e sacadas

 

As crianças pequenas são muito curiosas e costumam ser aventureiras. Poucas temem alturas, pois suas mentes ainda não estão impregnadas pelo medo que vai-lhes sendo despertado à medida em que crescem e amadurecem.

Quem mora numa casa, não tem problemas quanto à escolha do tipo de proteção que colocará em suas janelas e sacadas e pode escolhê-la ao sabor de suas posses, do preço, tipo de material preferido e resistência e durabilidade do mesmo. Já quem mora em apartamentos fica restrito às cláusulas da Convenção Condominial, às decisões conjuntas tomadas em assembleias de condôminos, não tendo liberdade para instalar nada que possa constituir alteração de fachada do imóvel ou ainda que ofereça algum tipo de incômodo ou risco aos vizinhos.

Sabe-se de casos em que as grades de um andar serviram como base ou trampolim para os gatunos alcançarem o apartamento do andar superior e, em tempos bicudos como o nosso, todo cuidado é pouco. No caso de condomínios, em geral, as grades externas são proibidas e os pais têm de conviver com a insegurança quanto à ida das crianças às sacadas e janelas, dentro de suas próprias casas. No caso dos vitrôs que se abrem verticalmente, os chamados “vitrôs de correr”, há quem se guarde de situações perigosas, colocando travas em forma de tocos ou sarrafos de madeira, pedaços de cano, correntes com cadeados, de forma a deixarem uma passagem estreita para a ventilação, que seja insuficiente para a passagem do corpo da criança. Já no caso dos vitrôs que deslizam horizontalmente, os do tipo chamado “guilhotina”, há quem abaixe os dois de forma a tornar o acesso da criança dificultado.

Há famílias que optam pela colocação de grades na parede interna dos ambientes, vedando todo o vão da janela, mas isso é algo que acaba interferindo negativamente na estética do ambiente, dificultando, ainda, a escolha e a adaptação de cortinas ou persianas.

Por essas razões, muita gente está aderindo à colocação das redes de proteção, feitas com fios de náilon. Apesar de elas ainda não contarem com uma regulamentação, representam uma boa opção para se evitar acidentes em apartamentos e são menos agressivas esteticamente, além de não enfrentarem a proibição nos condomínios.

Se você se decidir pela colocação de redes, faça uma boa pesquisa de preços entre os dois materiais mais comuns de redes de náilon: seda e cristal e fique bem atenta à idoneidade da empresa que pretende contratar, pois muitas colocam seus anúncios em revistas e jornais a fim de venderem seus produtos, mas não garantem a qualidade das redes e alguns, inclusive, simplesmente desaparecem do mercado, deixando seus clientes sem a assistência técnica prometida.

Outra coisa a que você deve prestar atenção: há revendedores que vendem a idéia de que as redes têm longa durabilidade: 6, 8 e até 10 anos, mas os fabricantes falam em prazos de apenas 3 anos, devido à pouca resistência do produto sob as condições das intempéries.

De qualquer forma a colocação de redes de proteção traz mais tranqüilidade aos pais com relação à segurança das crianças dentro de casa, no entanto, nada os isenta da responsabilidade de orientarem seus filhos, constantemente, quanto aos perigos que as sacadas e janelas oferecem. Afinal, eles estarão, em algum momento, em casas e apartamentos que não têm esse tipo de proteção, não é?

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