Descomplicando a neuro! Você sabe o que é meningite?

A meningite é uma inflamação das membranas que revestem o Sistema Nervoso Central (SNC), podendo ter uma causa infecciosa ou não infecciosa.

As meningites infecciosas são mais frequentes e podem ser causadas por diversos tipos de agentes, tais como: vírus, bactérias e fungos.

As meningites não infecciosas são causadas por traumatismos, hemorragias, tumores, irritação química, entre outros.

Nas crianças e lactentes, ressaltamos as meningites infecciosas causadas por vírus e bactérias, sobretudo as sinusites e otites de repetição, como fontes de contaminação.

A meningite meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis é uma das causas mais frequentes na população pediátrica, podendo ter consequências muito graves, se não tratada em tempo hábil. A sua transmissão é feita de pessoa a pessoa, através de secreções respiratórias como espirro, tosse e outras formas de contato próximo.

Os principais sinais e sintomas de uma meningite são: dor de cabeça persistente, rigidez da nuca, irritabilidade, abaulamento da fontanela (moleira) nos lactentes, febre, prostração, crise convulsiva, entre outros.

Sinais de alerta!

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Rigidez da nuca
  • Alteração do estado mental

Uma vez confirmado o diagnóstico de meningite bacteriana, deve-se iniciar imediatamente um esquema de antibióticos administrados por via endovenosa, devido à sua letalidade, conforme recomendação do Ministério da Saúde. O tratamento terapêutico imediato é fundamental para a redução da mortalidade e a gravidade das sequelas.

O isolamento de contato (gotículas e secreções) está indicado após o diagnóstico de meningite causada pelo meningococco e Haemophilus influenzae tipo B até 24h, após a administração de antibióticos.

As meningites bacterianas podem deixar sequelas e consequências em cerca de 1/3 dos indivíduos afetados. Dentre as possíveis sequelas, destacamos a epilepsia, deficiência auditiva e atraso neuropsicomotor.

Algumas formas de meningite têm prevenção através da vacinação em crianças menores de 2 anos (tipo B,  tipoC conjugada) e, na população geral (meningo A e C), em epidemias.

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Dr. Ricardo Santos de Oliveira

Médico graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Residência em Neurocirurgia no Hospital ...

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