Dr. Edson Freitas, otorrinolaringologista, tira dúvidas e explica o melhor momento para realizar a operação corretiva.
As duas narinas são separadas pela estrutura chamada septo nasal. De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (Aborl-CFF), o desvio de septo, ou seja, quando essa estrutura não é reta, pode afetar até 90% da população. Porém, a cirurgia corretiva só é necessária quando o problema causa algum prejuízo.
Os sintomas mais comuns podem incluir a facilidade de congestão nasal, dificuldade de respirar, sangramentos nasais, dores de cabeça ou faciais, ronco excessivo e má qualidade de sono. O septo é formado por osso, cartilagem e mucosas, as alterações podem ser congênitas ou se manifestarem durante o desenvolvimento dos ossos da face.
Normalmente só quando apresentam algum quadro gripal ou de rinite é que muitas pessoas percebem as dificuldades causadas pelo desvio. O problema também pode ser agravado com o passar dos anos pelo amadurecimento das estruturas ósseas. Por isso, em muitos casos, a cirurgia de correção é recomendada pelos médicos.
Como a condição pode ser agravada com a idade, é comum se perguntar se a idade ideal para a operação não seria durante a infância. Porém, de acordo com o otorrinolaringologista Dr. Edson Freitas, somente quando os seios paranasais estiverem completamente formados a cirurgia deve ser realizada. “São órgãos da parte interna do rosto e eles vão se desenvolver totalmente entre 15 e 16 anos”, aconselha o médico.
A septoplastia é realizada por meio de um corte no nariz para descolar a pele que o reveste e possibilitar a retirada do excesso de cartilagem ou de parte da estrutura óssea. A operação dura em média 2 horas e o paciente recebe alta no mesmo dia.