Dezembro Laranja: Cuidados com a Pele das Crianças

O quanto – e como – você se expõe ao sol hoje, pode refletir na sua pele amanhã.

Portanto, os cuidados para evitar os riscos que a exposição solar traz à pele devem ser adotados o quanto antes, já na infância e pré-adolescência.

Durante a campanha Dezembro Laranja, de conscientização sobre o câncer de pele – que, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), corresponde a 27% do total de casos de câncer em todo o país –, especialistas alertam para a necessidade desses cuidados.

“Sabemos que tanto crianças quanto adultos acabam se expondo no pior horário de sol, depois das 10h, quando há incidência de raios UVB e UVA. Assim, com o tempo, é maior a predisposição de desenvolver um câncer de pele, principalmente em pessoas com peles claras”, destaca a dermatologista Patrícia Trigo, que compõe o corpo clínico do Hospital Sepaco, referência em especialidades pediátricas em São Paulo com destaque no ranking World’s Best Specialized Hospitals 2022. 

Confira as principais recomendações para proteger as crianças do sol no verão:

– A hora e o jeito certo de se expor ao sol:

Em primeiro lugar, é recomendado evitar pegar sol de forma prolongada nos horários entre 10 e 16h. “Sempre orientamos aplicar protetor solar umas duas horas antes da exposição ao sol. E é preciso reaplicar a cada quatro horas, pois não existe nenhum produto que resista 100% a água”, acrescenta Patrícia.


– Uso de acessórios para proteger: 

Há uns anos não se falava tanto na importância da proteção solar. Hoje os raios solares estão cada vez mais intensos. Recomenda-se o uso de acessórios como camisetas e boné com proteção solar, tudo que favoreça que as crianças e nós estejamos mais protegidos da exposição direta ao sol.

– Fator de proteção correto:

“O indicado é o protetor solar com fator acima de 30. Para crianças com fototipos 1 e 2, ou seja, brancas ou extremamente brancas com cabelos e olhos claros, o fator de proteção deve ser 60, de preferência”, diz a dermatologista.

– Atenção à pele dos pequenos:

Ao notar sinais vermelhos ou feridas que não cicatrizam na pele das crianças, consulte um médico especialista. “É raro ver câncer de pele em crianças, porque a exposição solar é um hábito, algo que se torna crônico. As crianças que pegam muito sol agora podem desenvolver a doença mais tarde, quando adultos, conforme se expuseram ao sol, como um reflexo do sol que pegaram desprotegidos na infância e adolescência”, alerta Patrícia.

– Evitar expor bebês ao sol por muito tempo:

Os protetores solares são produtos químicos, por isso não devem ser usados em crianças menores de seis meses. Além disso, podem inibir a absorção de vitamina D. A exposição para absorção de vitamina D pode ser realizada por períodos curtos de 20 minutos de preferência antes das 10 da manhã em todas as faixas etárias.

Fonte: Dermatologista Patrícia Trigo, que compõe o corpo clínico do Hospital Sepaco, referência em especialidades pediátricas em São Paulo com destaque no ranking World’s Best Specialized Hospitals 2022. 

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