Doenças Respiratórias mais Comuns na Infância e como Evitá-las

Especialista explica por que as crianças ficam mais doentes que os adultos e o que fazer para minimizar a incidência de enfermidades, nessa fase

Quem lida com crianças, especialmente as menores, sabe o quanto elas ficam doentes. Seja pelo clima que muda e desencadeia uma crise de rinite, seja pela entrada na escola ou qualquer outra causa, o fato é que elas sofrem muito com doenças respiratórias. Rinites, sinusites, gripes, resfriados, otites e outras infecções virais estão entre as mais comuns. “Especialmente nos menores de 1 ano, a bronquite é uma outra afecção importante que provoca muita tosse e esforço respiratório”, explica o otorrinolaringologista Gustavo Mury. Segundo ele, esses quadros podem evoluir para infecções bacterianas, em alguns casos, como pneumonia. Por isso, todo cuidado é pouco. Mas afinal por que elas ficam tão doentes?

As crianças são mais afetadas por doenças, especialmente, por causa de uma imunidade ainda incipiente para lidar com tantos agentes nocivos. Nesses casos, as enfermidades respiratórias acabam sendo mais comuns por serem mais facilmente transmissíveis: basta um espirro próximo ou mesmo um ambiente aglomerado – e contaminado – para que a doença se instale. “As crianças podem ser acometidas por 6 a 8 infecções das vias aéreas por ano. Se frequentarem creche esse número pode dobrar, segundo a literatura médica”, ressalta o especialista.

Segundo o médico, como a entrada na escola costuma ser um período no qual as crianças ficam mais doentes, o melhor a fazer é evitar o ambiente escolar nos primeiros anos. “Se for possível, os pais devem adiar o ingresso em atividades pedagógicas, como a escola ou creche, nos menores de 5 anos”, diz. No entanto, não tem muito jeito: quando a criança começa a frequentar o ambiente escolar, a tendência é que ela pegue algumas doenças respiratórias, especialmente nos primeiros meses.

Para evitar que elas adoeçam tanto, o otorrinolaringologista cita algumas medidas que podem ajudar. “Além de adiar o início das atividades pedagógicas, especialmente nos menores de 5 anos, é importante evitar aglomerações, manter o hábito de lavagem nasal com soro fisiológico diariamente, vacinar conforme o calendário vacinal para a idade, manter os hábitos de higiene, como lavar as mãos e usar álcool gel”, recomenda.

Gustavo Mury

Otorrinolaringologista.

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