Ginecologista Explica por que a Cistite e a Infecção Urinária são mais Comuns entre Mulheres

Médica explica que a uretra da mulher, além de muito mais curta do que a do homem, está mais próxima ao ânus, o que favorece a passagem dos micro-organismos

Homens, mulheres, crianças e idosos: nenhum desses grupos escapam da cistite e da infecção urinária, doenças que atingem a bexiga e os demais órgãos do aparelho urinário, respectivamente. No entanto, ela é mais prevalente nas mulheres devido a características anatômicas femininas.

“A uretra da mulher, além de muito mais curta do que a do homem, está mais próxima ao ânus, o que favorece a passagem dos micro-organismos”, afirma Dra. Ana Paula Faller, ginecologista e membro da AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil). Segundo ela, 8 em cada 10 mulheres vão ter cistite e infecção urinária durante a vida. 

Em geral, essas doenças são causadas pela bactéria Escherichia coli, presente naturalmente no intestino; porém, ao entrarem em contato com o aparelho urinário, podem ser nocivas, causando as cistites e infecções urinárias.

Dra. Ana revela que entre os sintomas mais comuns da cistite e da infecção urinária, estão a o aumento da frequência e da urgência para urinar, diminuição do volume de urina em cada micção, sensação de ardência ao urinar, dores nas costas e no baixo ventre, febre e sangue na urina nos casos mais graves. O diagnóstico é realizado por meio de exame de urina e de urocultura.

“Especialmente nas mulheres, as infecções podem ser repetitivas e mais graves. Por isso, é preciso fazer uso correto dos medicamentos receitados pelo médico respeitando o tempo recomendado mesmo que os sintomas tenham desaparecido com as primeiras doses”, revela a especialista. Ela diz ainda que caso a mulher tenha três ou mais episódios num período de 12 meses, é fundamental relatar ao ginecologista essa recorrência, pois nesses casos pode ser necessário um tratamento mais prolongado.

Dra. Ana ressalta que é essencial tomar alguns cuidados para evitar estas doenças, como beber muita água. “Além disso, deve-se urinar com maior frequência, já que reter a urina na bexiga por longos períodos pode aumentar o risco de infecções urinárias; recomendo ainda urinar depois das relações sexuais o que favorece a eliminação das bactérias que se encontram no trato urinário; recomendo ainda os cuidados com a higiene pessoal sejam redobrados”, orienta a médica. 

Outras dicas da médica são: manter limpas a região da vulva e do ânus; sempre depois de evacuar, passar o papel higiênico de frente para trás e lavar-se com água e sabão. “Ainda assim, não é recomendado exagerar, pois a lavagem em excesso pode prejudicar o equilíbrio da flora genital, importante para a proteção do nosso organismo”.

Dra. Ana finaliza dizendo que é importante evitar roupas íntimas muito justas ou que retenham calor e umidade, porque facilitam a proliferação das bactérias.

Fonte: Dra. Ana Paula Faller, ginecologista e membro da AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil) – é uma entidade sem fins lucrativos, suprapartidária. Fundada em março de 2021, pela médica ginecologista, Prof. Dra. Marise Samama, possui 47 associadas, pós-graduadas da área da saúde, distribuídas em todas as regiões do Brasil

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