Ida ao Oftalmologista na Infância pode Impedir Agravo da Miopia e de outras Doenças Oculares.

Você sabia que os casos de miopia infantil aumentaram desde o início da pandemia? Segundo estudo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), 75,6% dos médicos entrevistados apontam que o aumento da miopia entre os mais jovens tem relação com a exposição exacerbada às telas dos aparelhos eletrônicos, seja para assistir a aulas, ou atividades de lazer.

E o problema não é de hoje, desde 2014 a doença já é apontada como uma das três causas mais comuns de cegueira, segundo o American Journal of Ophthalmology. Mais do que isso, o caso de alta miopia em adultos está relacionado à miopia manifestada pelas crianças no início dos anos escolares.

O tema ganhou ainda mais atenção após o diagnóstico de Lua Leifert, filha do apresentador e jornalista Tiago Leifert, que tem retinoblastoma, um tipo raro e agressivo de câncer que foi diagnosticado quando a bebê ainda tinha 11 meses. O que também acende o debate sobre os cuidados da visão na infância, afinal, por cultura, os pais são habituados a levarem as crianças regularmente ao pediatra, não ao oftalmologista.

Para Adriana Fecarotta, oftalmopediatra, explica que o diagnóstico precoce em uma criança pode prevenir uma infinidade de doenças, como a ambliopia, que é o ‘Olho Preguiçoso’, bem como problemas escolares, como déficit de aprendizagem.

“Crianças com graus altos, por exemplo, podem apresentar alterações de comportamento. Além disso, esse diagnóstico pode prevenir determinados estrabismos devido a falta de prescrição do óculos adequado, além da anisometropia, a diferença de graus entre ambos os olhos. Há ainda casos em que as crianças com antecedência de casos de miopia na família, que se previamente diagnosticadas, podem iniciar tratamento precoce para prevenção da doença e prevenir que a progressão aumente rapidamente”, reforça a especialista.

Esse foi o caso da Maria Eduarda Delavia, 11, que se queixou de dor de cabeça e problemas na visão aos 7 anos e prontamente foi levada pelos pais, Mauro e Ana Paula Delavia, ao oftalmologista. Na consulta, o diagnóstico: miopia. “Ela começou a usar óculos, mas a partir do sexto mês começou a reclamar de dificuldade para enxergar novamente. Em dois anos, o grau mudou de 1,25 para 4.”

O pai conta que ficou assustado com a progressão rápida da doença e que foi buscar novos especialistas para ver novas possibilidades de tratamento. A partir da indicação do oftalmologista, conheceram as lentes Essilor Stellest e há mais de seis meses percebem que as reclamações da filha pararam de ocorrer. “É importante que os pais estejam atentos à saúde ocular dos seus filhos porque isso influencia na escola e no dia a dia da criança”.


Quando ir ao oftalmologista?
“O primeiro exame oftalmológico deve ser feito no primeiro ano de idade do bebê, ou seja, no primeiro ano de vida, de preferência, até os 6 meses de idade. Após esse período, o ideal é que os pais levem as crianças ao especialista de 6 em 6 meses em um período de dois anos. Depois desse prazo, uma visita anual ao especialista é suficiente, caso a criança não desenvolva nenhum problema de visão nesse período”, explica a Fecarotta.

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