Pediatra explica diferença das doenças típicas da estação mais fria do ano e como os pais devem proceder
A estação mais fria do ano promete não dar trégua até a chegada da primavera. Pelo resto desse período, segundo as últimas previsões da meteorologia, o inverno seguirá derrubando temperaturas em praticamente todo o país, intensificando as chuvas em regiões mais quentes, sobretudo no Norte e no Nordeste, e os dias de neblina e geada no Centro-Sul do país.
Como é de praxe, os dias com temperaturas mais baixas e o clima chuvoso pedem maior atenção com a saúde, em especial das crianças, que ainda estão com seus sistemas imunológicos em desenvolvimento. Isto porque as mudanças no clima propiciam o aumento de casos de síndromes gripais.
O pediatra, neonatologista e professor Samir Buainain Kassar, do curso de Medicina do Centro Universitário Tiradentes (Unit Alagoas), lembra que as doenças mais comuns nesta época são as viroses respiratórias, os resfriados comuns e a Covid-19, cujos casos voltaram a ter um comportamento de alta desde o início de junho em boa parte dos estados.
“Para prevenir estas doenças típicas de inverno valem as mesmas orientações para evitar a transmissão da Covid-19: lavar sempre as mãos, uso de máscara, distanciamento social, evitar aglomerações, festas e parquinhos. As crianças que estiverem com síndromes gripais, apresentando febre, tosse, coriza, dor na garganta, não devem ir à escola”, recomenda.
Samir destaca que gripe e resfriado são doenças diferentes. A gripe é causada pelo vírus influenza e, para evitá-la, é essencial a vacinação disponível em praticamente todo o Sistema Único de Saúde. Já o resfriado pode ser causado por diversos vírus, tem duração de sintomas como tosse e coriza por 10 a 14 dias, e em apenas cerca de 10% dos casos pode persistir por até 25 dias. “O resfriado tem mais coriza e tosse, com quadro leve e prolongado. No resfriado pode até ter febre, mas sempre febre baixa. Já a gripe costuma vir com quadro de febre alta, dor na garganta e dor no corpo: é sempre um quadro mais grave”, alerta.
Como em todos os casos de adoecimento, o pediatra recomenda que os pais ou responsáveis busquem atendimento médico para a criança o quanto antes, evitando a automedicação. Kassar reforça ainda a necessidade de oferecer alimentos naturais e bastante água para os pequenos adoentados.
Autoria: Pediatra, neonatologista e professor Samir Buainain Kassar, do curso de Medicina do Centro Universitário Tiradentes (Unit Alagoas)