Mulheres que tiveram câncer e depois amamentam reduzem em 30% a chance de recidiva

Se a amamentação for por mais de 6 meses as chances de um novo tumor reduzem em 37%

Amamentar é um ato de amor. Além de ser o melhor alimento para o bebê, o leite materno também é capaz de proteger a saúde feminina, reduzindo as chances de desenvolvimento de câncer de mama e, naquelas que já tiveram a doença e engravidaram depois, a amamentação diminui em 30% as chances de uma recidiva. Os dados, divulgados pelo periódico norte-americano The Journal of the National Câncer Institute destaca que o tempo de aleitamento também é importante – mães que deram de mamar por mais de seis meses depois da doença têm 37% menos possibilidade de um novo tumor. “A relação entre a doença e o aleitamento é justificado, basicamente, pela presença de estrógeno no corpo. Quanto mais exposta a esse hormônio, maiores as chances de ter câncer de mama. Por isso a menina que menstrua tardiamente, a mulher que entra na menopausa precocemente, aquelas que têm mais de uma gestação e que amamentam por mais tempo têm menos chances de ter esse tipo de câncer”, explica o ginecologista e obstetra Dr. Domingos Mantelli, da capital paulista.

Bebê mamando - foto: SvetlanaFedoseyeva/ShutterStock.com

O médico relata também que a mama só se desenvolve por completo depois da gestação. É que a ação dos hormônios neste período e o estímulo à lactação ajudam a alcançar o pleno amadurecimento mamário, minimizando as possibilidades de desenvolver câncer de mama.

Dr. Domingos Mantelli destaca que o Conselho de Pediatria preconiza que o tempo mínimo de amamentação seja de seis meses, exclusivamente, e de, no máximo, dois anos. “Depois dos dois anos a criança não vai mais se beneficiar nutricionalmente do leite. Por isso que há essa recomendação. O benefício para a lactante é a proteção contra os efeitos nocivos do estrógeno, que retornam assim que ela volta a menstruar.”

Sobre Dr. Domingos Mantelli

Dr. Domingos Mantelli é ginecologista e obstetra formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em residência médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição.

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