Prótese Mamária e Amamentação: é Possível Conviver em Harmonia

*Dr. Fernando Amato

As mamas representam muito mais do que o órgão de amamentação, elas são o símbolo de sensualidade da mulher e desempenham papel fundamental na estética do corpo feminino. Por isso, as cirurgias mamárias estéticas são cada vez mais frequentes, sendo uma das cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil e no mundo, principalmente no público mais jovem, idade, muitas vezes, em que a paciente não tem nenhum planejamento de constituir uma família e nem questiona se haverá interferências na amamentação.

Mas será que a prótese mamária pode mesmo causar interferências? O que se deve levar em consideração quando for fazer uma cirurgia mamária?

Antes de tudo, precisamos saber quais são as principais cirurgias realizadas nas mamas:

  1. Mamoplastia de aumento com implante de silicone, mais conhecida com prótese de silicone
  2. Mamoplastia redutora, que consiste numa cirurgia para diminuir o volume mamário
  3. Mastopexia, que consiste no reposicionamento da aréola, e pode ser associado ou não a colocação de um implante mamário.

Assim como os cortes utilizados:

  1. sulco mamário
  2. axilar
  3. periareolar (ao redor do mamilo/bico)
  4. vertical
  5. em formato de T invertido
  6. em formato de L

Mas por quê?

Basicamente, as cirurgias que não envolvem cortes na glândula mamária, geralmente não interferem na amamentação, como por exemplo na mamoplastia de aumento (prótese de mama) com acesso (corte) realizado no sulco mamário, deixando a prótese localizada atrás da glândula.

Porém, quanto mais cortes acontecer na cirurgia, mais chance de uma cicatrização da glândula poder interferir em uma futura amamentação. E quando falamos que pode, é porque existe uma chance, muitas vezes pequena, de interferência.

Devemos levar em consideração que muitas mulheres desistem da amamentação por outros motivos, até mesmo sem terem feito cirurgia nas mamas, assim como é comum pacientes que fizeram cirurgia nas mamas conseguirem amamentar sem qualquer dificuldade.
O mais importante é sempre conversar com o médico sobre os riscos existentes e entender qual método será utilizado na cirurgia. Assim, é possível tomar decisões que não tragam arrependimentos futuros.

*Dr. Fernando Amato é médico cirurgião plástico, membro titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

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