Quais são os Melhores Mordedores que Ajudam a Preparar a Criança para a Introdução Alimentar

Segundo fonoaudióloga com especialidade em recusa alimentar, o utensílio pode ajudar muito no desenvolvimento da mastigação

Muitas pessoas sabem que os mordedores auxiliam o bebê no momento em que os primeiros dentinhos começam a aparecer, O simples ato de morder do bebê ajuda e muito a aliviar as dores na região. O que muitos não sabem é que o mordedor também tem outra função muito importante: preparar toda a cavidade oral para a posterior introdução alimentar da criança.

De acordo com Carla Deliberato, fonoaudióloga com especialidade em recusa alimentar, a medida em que o bebê leva diversos tipos de mordedores, de diferentes formas e texturas, até a boca, ele a dessensibiliza a região. Isso faz com que posteriormente a criança aceite melhor os alimentos, evitando casos de seletividade alimentar.

“O bebê, até os 5 meses, está acostumado apenas com um sabor e uma textura na sua boca, a do leite. Aos 6 meses, quando se inicia a introdução alimentar complementar, um novo desafio sensorial começa na vida dele, que irá se deparar com as mais diversas sensações dos alimentos na sua boca”, explica Carla.

Um bebê que não tinha o hábito de levar mordedores à boca, talvez tenha mais dificuldade de aceitar os alimentos. “Essa é uma fase em que a criança ainda está aprendendo a se alimentar e se ela ficar com uma sensação ruim, muito provavelmente vai começar a não levar mais aquilo na boca porque causa de um desconforto”, ressalta a profissional, que enfatiza a atenção dos pais e responsáveis nessa tarefa.

“Essa introdução alimentar complementar precisa ser feita de maneira exploratória pelo bebê. E é muito importante que a família tenha em mente que o bebê também precisa conseguir chegar até a sua boca, ele tem que levar a mãozinha. Para isso, existem os mordedores, eles vão auxiliar e muito”, complementa a fonoaudióloga. 

No entanto, não é qualquer mordedor que é capaz de ajudar plenamente nesta tarefa. Carla enfatiza que há tipos específicos de mordedores para auxiliar os pais e responsáveis da melhor forma possível. Primeiramente, é preciso se atentar a três coisas:

  • O mordedor precisa ter textura e formas diferentes, evite os mordedores totalmente lisos
  • Devem ser feitos com materiais livres de BPA (substância tóxica encontrada no plástico)
  • Precisam ser higienizáveis
  • Não podem conter peças conectadas para que não se soltem na boca do bebê

“Os mordedores para bebês mais indicados são os que tenham textura, aqueles com uma rugosidade na ponta, que sejam mais longos, e realmente consigam explorar bem a cavidade oral, bem lá no fundo da boca do bebê, nessa fase de introdução alimentar”, enfatiza Carla. 

Fonte: Carla Deliberato é fonoaudióloga formada pela PUC-SP desde 2003, com vasta experiência em atendimento clínico, hospitalar e domiciliar de pacientes com dificuldades alimentares (disfagia, recusa alimentar e seletividade alimentar), sequelas neurológicas e oncológicas do câncer de cabeça e pescoço, síndromes, além de atuação em comunicação alternativa e voz

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