Pesquisa mostra que durante a pandemia as chances de possíveis transtornos aumentaram
O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido divulgou, recentemente, um estudo sobre a saúde mental de crianças e adolescentes. As taxas de prováveis transtornos mentais entre crianças de 6 a 16 anos aumentaram de 11,6% para 17,4%. A pesquisa comparou os índices registrados em 2020 e 2021, durante a pandemia da Covid-19, com os números de 2017.
Como muitas vezes as crianças não conseguem se expressar, é importante que as pessoas próximas fiquem atentas aos sinais. Os primeiros anos de vida funcionam como base para o desenvolvimento do cérebro e é, nessa época, que podem surgir os primeiros sintomas de transtornos mentais.
“Com a pandemia do Coronavírus, as crianças tiveram uma grande mudança na rotina. Deixaram de ir à escola, encontrar amigos e familiares e perderam a liberdade de ir e vir, de brincar. Isso trouxe consequências para a saúde, principalmente para as crianças que já sofriam de algum transtorno”, contou a psicóloga Raquel Martins, especialista em casais e família da MedicalSeer/São Paulo.
Para ajudar na saúde mental das crianças, os adultos podem adotar alguns hábitos no dia a dia, além de ficarem atentos aos sinais que podem indicar que algo está errado.
“É importante que as crianças tenham uma rotina definida, como horário para dormir, assistir TV e de leitura, por exemplo, hábito que fortalece o vínculo afetivo com o adulto”, explicou Raquel.
Durante as atividades, perceba como está o comportamento dessa criança, como dificuldade para dormir, irritabilidade e apatia. Além disso, ficar triste por conta de algum acontecimento, como troca de escola, faz parte do processo, mas falta de vontade de brincar e de comer, pode ser sinal de depressão.
A saúde mental de crianças e adolescentes é algo sério e que deve ter atenção dos pais e responsáveis. Se você acha que seu filho precisa de ajuda, procure um profissional especializado.