Viviane Araújo, Tatá Werneck e Jennifer Aniston foram Alguns dos Grandes Nomes que recorreram à Medicina Reprodutiva

A reprodução humana ganhou ainda mais destaque em 2022, procedimentos como congelamento de óvulos

A fertilização in vitro e ovodoação ganharam espaço na mídia após terem sido abordados por famosas que realizaram os tratamentos durante o ano ou que revelaram terem sido submetidas. Além disso, a infertilidade masculina também foi abordada neste fim de ano, após um comediante revelar a descoberta da doença.

No início do ano, a atriz e rainha de bateria do Salgueiro, Viviane Araújo, revelou ao público a sua primeira gravidez. Aos 46 anos, por já viver uma pré-menopausa ocasionado pela quantidade de hormônios que tomou durante a vida, os óvulos disponíveis não conseguiriam suportar uma gestação segura. Por conta disso, Viviane optou primeiramente por uma fertilização in vitro que acabou não dando certo e em seguida pela ovodoação ao encontrar uma doadora compatível. Em setembro, o pequeno Joaquim veio ao mundo.

“A ovodoação é uma técnica da reprodução que consiste em utilizar o óvulo de uma doadora e fertilizá-lo por meio de FIV. Este tratamento pode ser feito principalmente por mulheres que não conseguem gerar o filho com seus óvulos devida a baixa qualidade ou quantidade de óvulos”, explica o especialista em reprodução humana, Matheus Roque.

Já a apresentadora Tatá Werneck, mãe de Clara Maria, revelou em entrevista no mês de fevereiro que realizaria o procedimento de congelamento de óvulos no mês seguinte para ter a possibilidade de escolher o momento ideal para a segunda gestação. O congelamento de óvulos é uma opção de tratamento de reprodução humana cada vez mais utilizada pelas famosas que escolhem postergar a maternidade sem o peso da culpa de ver o “tempo passar”.

O especialista afirma que nos últimos anos, devido ao aumento da informação sobre procedimentos de reprodução e também pela pandemia de covid-19 em que as pessoas passaram a fortalecer os laços familiares, a procura por congelar os óvulos também cresceu.

“O congelamento traz uma autonomia para as mulheres, uma segurança de que elas podem tentar ser mães no futuro sem a preocupação dos óvulos não terem mais qualidade e evitar efeitos que possam prejudicar a gestação. Apesar de ser recomendado até os 35 anos, mulheres mais velhas também recorrem ao tratamento”, afirma Roque.

Apesar de já ter congelado óvulos há alguns anos, Paolla Oliveira voltou a falar sobre o congelamento de seus óvulos durante o ano, defendendo a opção como uma “liberdade”, assim como a apresentadora Thalita Morette. No caso da atriz Thaíssa Carvalho, aos 40 anos, ela afirma que sentiu a pressão da idade para recorrer ao procedimento.

“Os óvulos congelados não tem prazo de validade. A partir do congelamento, a mulher pode escolher o momento em que se sentir mais segura e confiante para fazer a transferência. Isso pode demorar, 1 ano, 5, 10 ou mais”, conta Roque.

Segundo o médico, o sonho da maternidade não possui limites, mas ele sofre com os limites do relógio biológico.

Já a atriz Jennifer Aniston assumiu publicamente que se arrependeu de não ter congelado seus óvulos antes e que gostaria muito que alguém tivesse falado antes para ela sobre o procedimento. Após tentativas frustradas de fertilização in vitro, Aniston afirmou não se arrepender e que o processo foi muito difícil.

“A fertilização in vitro, assim como todos os outros tratamentos não são uma garantia de gestação, os procedimentos ajudam a potencializar esses resultados. Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Humana, a cada 10 pacientes que passam pelo procedimento, 6 conseguem engravidar se tiverem menos de 35 anos e quatro não”, finaliza o especialista.

Fonte: Dr. Matheus Roque, especialista em reprodução humana

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