7 Passos para Seu Filho Comer Bem

Pediatra explica algumas “técnicas” que ajudam a tornar a alimentação menos estressante e mais saudável

Os pais que nunca tiveram inseguranças com a alimentação dos filhos, que atirem a primeira pedra. A preocupação é válida, já que uma boa alimentação é fundamental para o desenvolvimento completo da criança, principalmente do ponto de vista do sistema imunológico. Além disso, os primeiros dois anos são muito importantes na formação do paladar do bebê e isso é um dos motivos da proibição de certos alimentos como o doces em geral, refrigerantes, açúcar e frituras, não são indicados.

Para tentar melhorar a aceitação alimentar, reunimos 7 dicas da pediatra Felícia Szeles:

1. Dê O Exemplo.

Criança aprende, vendo! Se a família tem uma rotina alimentar saudável, come no horário certo, todos na mesa, sem telas e as comidas são adequadas e nutritivas, existe uma grande chance dos pequenos imitá-los.

2. Faça da refeição um momento especial

A comida fica ainda mais apetitosa se estiver bem arrumadinha e com a família reunida à mesa. Participar das refeições com as crianças estimula uma boa alimentação. Esse momento precisa ser especial, divertido e feliz.

3. Pratos coloridos são sempre mais atraentes

Criança gosta de cor e, por isso, pratos com alimentos de cores mais vibrantes e misturadas, é mais atraente e pode ser a porta de entrada para explorar novos alimentos. Quanto mais colorido, mais nutritivo. Gosto de dizer que prato bom é aquele que tem 5 cores. Use a criatividade para variar bastante, misture legumes, folhas, frutas e grãos.

4. Respeite seu filho

Muito importante ter paciência e respeitar os sinais de saciedade de seu filho. Ele não precisa raspar o prato. Sua função é oferecer alimentos saudáveis, mas o quanto querem comer, eles que devem dizer. Crianças precisam experimentar de tudo, várias vezes e de diversas formas diferentes. Não desanime se houver recusa no início, é muita novidade (textura, gosto,cheiro) e o segredo é sempre reapresentar os alimentos e ter muita paciência. Deixem que eles cheirem, amassem, brinquem com a comida, isso ajuda muito a autonomia e melhora a aceitação alimentar.

5. Cozinhem juntos

Usar o tempo de preparo da refeição como forma de conexão de família e de aprendizado, estimula ainda mais a criança a comer melhor, já que existe uma satisfação maior de comer o que ajudou a fazer. Use esse tempo para explicar sobre os alimentos, ensinar a contar e até mostrar como misturar as coisas – claro que sempre com muito cuidado e bem longe de facas e afins.

Se o bebê ainda não estiver apto a ajudar no preparo, mantenha ele por perto e vá conversando, explicando o que está fazendo e os benefícios daquele alimento.

6. Não use recompensas por se alimentar bem e nem imponha castigos

Um dos maiores erros dos pais é barganhar com os filhos em troca de comerem bem e/ou tudo o que está no prato. As frases mais comuns, costumam ser: “Se comer tudo, te dou aquela bolacha que gosta”; “Se não comer a salada, não vai ver desenho”; “Se não se alimentar bem, vai ficar doente e ter que tomar injeção que dói”.

Essas recompensas e medos não ajudam em nada e podem criar uma dinâmica complexa. Converse de forma objetiva e mostre os benefícios de uma boa alimentação. E quanto mais as refeições forem cercadas de bons momentos, mais a criança fica estimulada. Nada de brigas de casal ou assuntos pesados na mesa. E lembre-se: se coloque à disposição da criança para entender o motivo dela não querer comer. O diálogo é a base de tudo;

7.Procure ajuda

Caso perceba que seu filho está com dificuldade de manter uma alimentação equilibrada – seja para mais ou para menos, peça apoio. Converse com o pediatra, exponha as principais dificuldades e, se necessário, busque ajuda de uma equipe multidisciplinar, com nutricionista e psicóloga, por exemplo.

“Não é difícil criar um ambiente favorável a uma boa alimentação é uma ótima oportunidade para melhorarmos nossos métodos alimentares. O que eu sempre digo para as famílias que acompanho, é: crianças são os reflexos dos pais, em tudo. Sejam bons exemplos”, explica a Dra. Felícia.

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