Filha do apresentador Thiago Leifert foi diagnosticada com retinoblastoma; especialista ressalta a importância de cuidar da visão desde o nascimento
Às vésperas do Dia Mundial do Câncer, no dia 4 de fevereiro, um alerta sobre a importância de cuidar da visão das crianças recaiu sobre o país. Com apenas 1 ano e 3 meses de idade, a filha do apresentador Thiago Leifert e da jornalista Daiana Garbin, está com retinoblastoma, um tipo de tumor raríssimo que, normalmente, acomete crianças antes dos 2 ou 3 anos de vida.
Segundo a Dra. Priscilla Drudi, oftalmologista da rede Olhar Certo esse é o tipo mais comum de câncer que acomete os olhos na infância. Pode ser hereditário ou não e aparece já no nascimento ou até os cinco anos de idade. “O retinoblastoma é um câncer que atinge as células da retina, provocando um crescimento desordenado e a formação de tumores. A retina é a camada de tecido nervoso responsável por captar as imagens que vemos e enviá-las para o cérebro. Se este tecido não for bem cuidado, pode haver perda da visão”, explica.
Apesar de ser uma doença rara, com cerca de 400 novos casos por ano, segundo o Ministério da Saúde, esse tipo de tumor é bastante agressivo e de difícil diagnóstico. Atualmente, 50% dos casos são identificados tardiamente, o que reduz as chances de cura. De acordo com Priscilla, como, normalmente, esse câncer atinge crianças em fase de desenvolvimento, elas não manifestam ainda se algo incomoda e se estão com problemas para enxergar, por exemplo. Por esse motivo, o papel dos pais e/ou responsáveis é fundamental para o diagnóstico da doença. “Os primeiros sinais que a criança pode apresentar são sensibilidade à luz ou desvio ocular, como estrabismo. O reflexo branco na pupila, principal sintoma do retinoblastoma, notado sob luz artificial, quando a pupila está dilatada, ou em fotos com flash, significa que a doença já está avançada, o que reduz as chances de salvar o olho da criança”.
Mas esse cenário muda com o diagnóstico precoce. O retinoblastoma tem altas chances de cura, com a possibilidade da preservação da visão e da vida da criança, e possui várias alternativas de tratamentos, que variam de acordo com o grau da doença. Além da atenção dos pais e/ou responsáveis aos sinais iniciais, visitas periódicas ao oftalmologista garantem o diagnóstico a tempo de alcançar uma maior chance de cura. “O teste do olhinho é o exame de vista mais importante para diagnóstico da doença e deve ser feito logo após o nascimento do bebê e repetido até os cinco anos de idade. É simples e pode detectar qualquer alteração no eixo visual, sendo confirmada a suspeita pelo exame de fundo de olho. Além disso, importante a visita da criança em uma consulta oftalmológica de rotina, entre 6 meses e 1 ano, e após, com 3 a 5 anos”, conclui.