A trombofilia é a formação de coágulos que podem obstruir vasos sanguíneos (em geral, artérias), causando trombose.
Quando existe essa espécie de ‘entupimento’ da artéria, o sangue não circula livremente pelos tecidos e, sem receber a irrigação, a oxigenação da região é prejudicada, havendo a morte celular.
Os eventos trombolíticos podem ocorrer em variadas partes do corpo, como extremidades (braços e pernas), pulmão, coração e cérebro, causando danos extensos.
E como a trombofilia atrapalha a gestação?
Na medicina, classificamos a trombofilia como hereditária ou adquirida. No último caso, ela está ligada a um problema chamado de síndrome antifosfolípide (SAF). É esse segundo caso que nos interessa. A SAF pode causar coágulos de sangue dentro de órgãos, veias e artérias e, além disso, provocar morte fetal ou aborto espontâneo em gestantes.
As indicações para investigação da síndrome em questão incluem os seguintes eventos:
- Ocorrência de qualquer evento trombótico durante a vida da gestante;
- Aborto recorrente (três abortamentos precoces inexplicados) ou situação de óbito fetal, em especial com fetos com mais de 10 semanas;
- Eclâmpsia ou pré-eclâmpsia;
- Descolamento prematuro de placenta;
- Histórico familiar;
- Restrição de crescimento fetal grave.
O diagnóstico da presença dos anticorpos antifosfolípides é feito por meio de exames laboratoriais.
Caso seu teste tenha dado positivo, não entre em pânico: as gestantes ou tentantes com SAF devem receber profilaxia, com medicamentos adotados em cada fase da gestação, conforme indicação médica.
Para saber o que é necessário utilizar, porém, é necessário estar em contato com um ginecologista de confiança.
Se você teve uma perda gestacional, é preciso que haja uma investigação, porque algumas mulheres não sabem que têm tendência a trombofilias e nem desconfiam que esse pode ter sido o motivo para o aborto. Não espere acontecer novamente!