Filho da Paris Hilton: Afinal qual o Formato Considerado Normal da Cabeça do Bebê?

Fisioterapeuta, especialista em assimetrias cranianas e órteses cranianas, revela quando a condição é preocupante; e como obter o diagnóstico e tratamento corretos

Embora alguns famosos já tenham se pronunciado em público sobre assimetrias cranianas em seus filhos, a condição rende comentários maldosos nas redes sociais. Como aconteceu nos últimos dias com a postagem da foto do filho da socialite, Paris Hilton.

Phoenix (10 meses), fruto do casamento com Carter Reum, chamou a atenção por conta do formato de sua cabeça, que é maior do que o considerado normal. Mas afinal, ele tem uma assimetria craniana?

Para a fisioterapeuta, especialista em assimetrias e órteses cranianas, Ana Luiza Soares, da Helper Kids – clínica de fisioterapia infantil, Phoenix tem um perceptível alargamento da região lateral, que sugere uma braquicefalia posicional, mas ressalta que não é possível avaliar se há ou não assimetria craniana sem exames específicos, tais como o scanner 3D. E, embora a socialite tenha afirmado que seu filho é extremamente saudável e que já passou com um médico, as assimetrias merecem atenção, uma vez que muito além da questão estética, podem causar alterações estruturais e funcionais nos bebês, como atrasos no desenvolvimento motor, alterações na acuidade visual, alterações na acuidade auditiva, otites de repetição, assimetrias craniofaciais, alteração na arcada dentária, entre outros.

Apesar de nenhuma cabeça ser redondinha e totalmente proporcional, os pais devem estar sempre atentos ao formato da cabeça do bebê. Geralmente, assimetrias cranianas são bastante visuais. E em caso de dúvidas é essencial conversar com o pediatra e um fisioterapeuta. 

Para garantir que os pais entendam a condição, o diagnóstico e o tratamento, a especialista elenca alguns tópicos importantes sobre assimetrias cranianas:

  • Bebês, principalmente até um ano de idade, não devem ter preferência por uma determinada posição ou lado. Essa preferência pode estar relacionada a outras condições como torcicolo muscular congênito, que precisam ser diagnosticados e tratados por um fisioterapeuta, já que são possíveis causas de assimetria craniana posicional.  
  • A assimetria craniana é diagnosticada por meio da avaliação clínica, observação e medição do formato da cabeça do bebê. Isso permite diferenciar a assimetria craniana sinostótica (cranioestenose ou craniossinostose) e não sinostótica (assimetria posicional). Em alguns casos, pode ser necessário realizar ultrassonografia de suturas cranianas ou tomografia de reconstrução 3D para confirmar o diagnóstico. O uso de craniômetro também pode ser útil para medir as proporções da cabeça do bebê. O escaneamento 3D é o principal exame para diagnosticar as assimetrias cranianas posicionais, sem exposição à radiação.
  • No caso do tratamento de assimetria craniana, considerando os resultados dos exames diagnósticos, ou seja, as medidas e formato da cabeça do bebê, é indicado o uso de órtese craniana, que irá apoiar as áreas maiores para moldar o crescimento, deixando as áreas achatadas livres para o crescimento natural. Já no caso de cranioestenose será encaminhado ao cirurgião para procedimento cirúrgico.

Fonte: na Luiza Soares é fisioterapeuta, Pós Graduada em Fisioterapia Neuropediátrica com 17 anos em UTINeonatal e 6 anos em Ambulatório de seguimento dos bebês de risco. Atualmente trabalha  com intervenção precoce em bebês de zero a 24 meses de vida, é especialista em assimetria craniana, órtese craniana, torcicolo congênito, fisioterapia respiratória neonatal e pediátrica na Helper Kids – clínica de fisioterapia infantil. 

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