Mobilidade Reduzida e os Reflexos na Saúde Bucal Infantil

Entenda quais cuidados podem auxiliar na hora da escovação dos dentes de crianças com TDC e TEA, e como alguns produtos podem atuar como agentes auxiliadores

GUM

Introduzir uma rotina diária de higiene bucal e estimular hábitos saudáveis desde a infância pode ser um verdadeiro desafio. Isso é ainda mais evidenciado quando pais, educadores ou familiares estão lidando com crianças que apresentam Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC), entre outras síndromes e transtornos que afetam a mobilidade.
 

O aparecimento dos primeiros dentes permanentes ocorre já no início da infância e estarão presentes por toda a vida adulta. Uma higiene oral eficiente desde cedo, previne futuros problemas bucais e a perda desses dentes. Pensando na atenção redobrada que a saúde bucal dessas crianças requer, Raul Silva, Consultor da GUM, marca americana de cuidados bucais, reuniu algumas dicas para auxiliar a criação de hábitos, que facilitem a hora de escovar os dentes.
 

Todo processo começa ao introduzir tarefas relacionadas à higiene bucal, as quais devem ser adaptadas às dificuldades motoras de cada caso. Raul explica que, estimular o pequeno a imitar o que o adulto faz, costuma funcionar muito bem. “As crianças se sentem importantes e independentes ao se verem executando tarefas iguais aos mais velhos, o que pode servir de incentivo para a realização desses cuidados com a cavidade oral”, pontua.

 

Além disso, é preciso pensar em estratégias para ajudá-las a dominar os problemas que enfrentam no cotidiano, como a hipersensibilidade tátil, falta de coordenação e tremedeira. “Nesses casos, um dos primeiros passos é escolher uma escova de dentes que seja anatômica e confortável. Escovas muito grandes podem ser difíceis de manusear além de machucar a boca da criança, por exemplo”, afirma. Quando a criança demonstra desconforto com a prática, o consultor indica que se inicie a técnica do “dizer-mostrar-fazer”, utilizada por odontopediatras, onde se trabalha a dessensibilização, introduzindo aos poucos, através da orientação verbal e demonstração, como toque aos lábios, com movimentos leves. “Outra dica é utilizar a linguagem conhecida pela criança para que ela associe os movimentos de escovação, como: fazer o movimento de trenzinho, movimento de vassourinha”. Acrescenta o consultor.
 

Raul Silva comenta que, hoje, no mercado, já existem diversos produtos adaptados para o público infantil, capazes de facilitar o estímulo à rotina de cuidados bucais de forma lúdica para os pequenos. “São diferentes tipos de escovas, com tamanho ideal para cada faixa etária, cerdas macias, além das tematizadas com personagens e que contam com temporizador, que piscam pelo tempo recomendado para uma escovação eficiente. Além das escovas, temos disponíveis no mercado os géis dentais fluoretados (1.100 ppm de íon flúor), também com personagens temáticos e com sabor de fruta”, sinaliza.
 

O uso do fio dental também deve ser inserido na rotina, logo que possível, afinal, ele é um verdadeiro aliado na prevenção da cárie dental, que é tão recorrente na infância. Raul enfatiza que o processo precisa acontecer de forma gradativa e pode ser frustrante e difícil, em um primeiro momento. “Em casos de crianças com grandes dificuldades motoras, os fios dentais com hastesão a melhor opção, já que se encaixam entre os dentes com uma maior facilidade e são mais fáceis de manusear, garantindo uma limpeza interdental completa e eficiente”.

Fonte: Raul Silva, Consultor da GUM

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