Moxabustão ajuda no posicionamento correto do bebê dentro útero para facilitar o parto normal
O bebê geralmente se posiciona de cabeça para baixo (posição cefálica) até a 34ª semana da gestação. Porém, existem casos em que ele se mantém sentado (posição pélvica), o que dificulta ou impossibilita o parto normal, uma preocupação para a gestante e equipe médica quando essa escolha é feita. Nesse caso, o que fazer?
Segundo a fisioterapeuta e acupunturista, Alessandra Sônego, especializada em Saúde da Mulher pela USP, para ajudar o bebê a virar, a acupuntura dispõe de uma técnica chamada Moxabustão ou apenas Moxa, que segue os mesmos princípios das agulhas e utiliza apenas calor.
“Essa técnica não faz uso de agulhas, e sim de um bastão da erva Artemisia vulgaris, compactada, que é queimada e transfere o calor acima de um ponto específico de acupuntura. A combustão da Artemísia tem a propriedade de aquecer profundamente, estimulando, removendo e desobstruindo os bloqueios e restabelecendo o fluxo saudável, segura para a gestante e para o bebê. Com essa estimulação, ele é encaminhando para a posição cefálica e para um parto normal”, explica.
O tratamento visa resultados rápidos, se realizado todos os dias em pontos específicos, localizados principalmente nos pés (B67), pernas e na região da cabeça. Segundo um estudo do ‘Cooperative Research Group on Moxibustion’ envolvendo 2041 pacientes, 1841 (90,2%) tiverem sucesso na posição do bebê com a Moxabustão, comprovando a eficácia da técnica para bebê cefálico.
Ainda, segundo a especialista, o bastão da Moxabustão pode ser encontrado facilmente na internet, e infelizmente se usado de forma incorreta, a terapia pode ter efeitos negativos.
“Por exemplo, o bebê pode se mover ainda que o esperado na região pélvica e manter-se em uma posição inadequada para o parto normal. Por isso, procure sempre um profissional capacitado para a realização de qualquer técnica ou tratamento de saúde”, ressalta Alessandra.
Fonte: Alessandra Sônego: Fisioterapeuta com especialização em Saúde da Mulher pela USP. Especialização em Acupuntura pela FACEI, com aprimoramento em Pequim, na China. Sócia proprietária da clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional. Docente em cursos de pós-graduação, aprimoramento e extensão na área de Obstetrícia. Palestrante em eventos acadêmicos nacionais e internacionais