Além de hipoalergênicos, os produtos podem ser utilizados na dieta sem glúten e sem caseína, que é recomendada para as pessoas que possuem TEA
Ainda nos primeiros anos de vida, todos passam pela introdução alimentar. Nesta etapa, alguns comem de tudo, já para outros a ingestão de algum alimento não desejado pode se tornar um motivo de choro. Para crianças com o transtorno do espectro autista (TEA), essa seletividade é ainda maior. Por isso, nesses casos, dispor de uma alimentação saudável e rica em nutrientes impacta diretamente no quadro comportamental do indivíduo.
Na maioria dos casos, indica-se uma dieta sem glúten e sem caseína – proteína do leite –, uma vez que muitos autistas possuem uma hipersensibilidade intestinal. E para não excluir as receitas que tradicionalmente iriam leite ou farinha de trigo, as bebidas vegetais e farinhas à base de arroz se tornam ótimas aliadas na alimentação, trazendo infinitas possibilidades de pratos nutritivos e benéficos para a saúde.
“A base arroz é neutra. Sendo assim, não deixa nenhum residual na boca, facilitando a utilização em receitas doces e salgadas” explica Jorge Amaral gerente comercial da RoseVita.
O TEA – caracterizado por um déficit na comunicação e interação social, bem como padrões restritos e repetitivos de comportamento – geralmente é diagnosticado entre os dois e três anos, mesmo período em que os pequenos vivenciam o primeiro contato com outra fonte de energia que não seja o leite materno. Diante disso, oferecer uma alimentação variada e nutritiva desde cedo contribui para driblar essa recusa do autista a algumas comidas.
“Os autistas possuem uma propensão maior para alergias, por isso, inserir produtos hipoalergênicos ajuda a evitar esses problemas inflamatórios. Além disso, alimentos com base vegetal contribuem para uma alimentação equilibrada e, consequentemente, melhoram o comportamento dessas pessoas, tirando um pouco da agitação”, aponta Amaral.
No mundo, uma a cada 160 pessoas possui o TEA, conforme dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2017. Dessa forma, a estimativa é de que no Brasil existam aproximadamente 2 milhões de autistas. Como forma de amenizar os sintomas, ter bons hábitos alimentares contribui para o equilíbrio de algumas funções cerebrais que, quando desreguladas, acentuam o autismo.