Incidência de Doenças Provocadas por Arbovírus Preocupa Autoridades de Saúde

Iniciativa Global de Arbovírus, lançada pela OMS, alerta para os riscos da exposição à dengue, chikungunya, zika e febre amarela e chama atenção a ocorrência em países tropicais, como o Brasil, onde mais de 161 mil contaminações foram registradas este ano

A Organização Mundial da Saúde lançou na última semana a “Iniciativa Global de Arbovírus”. O movimento é mundial e alerta para os riscos de exposição aos vírus transmitidos por artrópodes (Arbovírus), causadores da Dengue, Febre Amarela, Chikungunya e Zika – considerados pela entidade ameaças à saúde pública, principalmente em países tropicais e subtropicais, que reúnem aproximadamente 3,9 bilhões de pessoas.


De acordo com a OMS, a incidência de casos, particularmente as de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, estão aumentando consideravelmente, impulsionadas por fatores ecológicos, econômicos e sociais. Aqui no Brasil, os dados apresentados no Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde apontam um crescimento de 45% nos casos de dengue, entre janeiro e 12 de março deste ano, em comparação com o mesmo período no ano passado.

O documento destaca ainda que nos três primeiros meses foram registrados mais de 161 mil casos da arbovirose. Além disso, aponta a região Centro-Oeste como líder nacional da taxa de incidência de dengue, seguida das regiões Norte e Sudeste. Ainda segundo o balanço, Goiânia (GO), Brasília (DF) e Palmas (TO) lideram o ranking das cidades que mais registraram casos. 

Apesar de não encabeçar a lista, Campinas, no interior de São Paulo, entrou em estado de alerta para as doenças. Segundo levantamento da Secretaria de Saúde do município, atualmente 17 bairros mapeados apresentam riscos de transmissão da dengue e a preocupação em conter a proliferação do mosquito provoca diversas campanhas de conscientização popular na rede pública. Na rede privada não é diferente. No Grupo Sabin, por exemplo, os investimentos se refletem no portfólio atualizado, apto para suprir a demanda da população, por meio dos seus mais de 7.300 tipos de exames laboratoriais, entre eles o PCR Combo, que detecta com apenas uma amostra se o paciente está com dengue, chikungunya ou zika, e tem resultado em 7 dias úteis.

O médico patologista clínico Alex Galoro, gestor do Grupo Sabin em Campinas, explica que o laboratório dispõe ainda do teste rápido para antígeno dengue (NS1, anticorpos IgG e IgM), com resultado em até 1 dia útil; a detecção e tipagem do vírus da dengue por PCR, com resultado disponível em até 7 dias úteis e destaca o aumento significativo na procura pelos exames neste primeiro trimestre. 

“Nosso levantamento aponta que mais de 31% dos testes tiveram positividade para dengue. Esse crescimento nos faz redobrar atenção e reforçar movimentos de orientação para a consciência individual e coletiva com os cuidados que impedem a disseminação do mosquito”, diz.

Galoro detalha também a importância de um diagnóstico correto para o sucesso do tratamento. “Um laudo preciso fornece a segurança para a melhor jornada do paciente e contribui para que o médico conduza o tratamento de forma resolutiva, assistência adequada e adotando providências em tempo hábil, se houver indícios de complicações no quadro clínico”.

Combater o mosquito é dever de todos
 

Ainda segundo o especialista, a principal recomendação é compreender que “combater o Aedes aegypti é um dever de todos e que começa dentro de casa. Podemos vencer essa batalha com cuidados básicos no nosso cotidiano, que não demandam tanto tempo, como conferir se há água parada em telhados, calhas, garrafas, pneus, e ambientes que possam servir de criadouros para o mosquito. Vale ressaltar ainda que se houver necessidade de armazenamento de líquidos, deve-se ter o cuidado para não deixar os reservatórios destampados, para evitar que o mosquito coloque ovos dentro dessas águas”.

O médico observa também que regiões com altas temperaturas e maior incidência de chuvas têm expectativa maior quanto ao número de criadouros. “O mosquito se prolifera em espaços úmidos e quentes e as regiões com temperaturas mais elevadas são bastante propícias para o Aedes”, observa.

Grupo Sabin

 

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